Dez atitudes para deixar o cigarro
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Considerada uma droga poderosa, a nicotina – presente no cigarro – atua no sistema nervoso central da mesma maneira que a cocaína, a heroína e o álcool. Mas com uma diferença crucial: é a substância que chega mais rápido ao cérebro, entre 7 e 19 segundos. Com a dependência, largar o vício se torna uma batalha. Possível, porém, de ser vencida.
“O médico deve acolher o paciente, especialmente aquele com dificuldade para aderir ao tratamento. Mas o novo paradigma é dar poder à pessoa mostrando que ela é capaz e que pode cuidar da própria saúde”, diz o cardiologista Mauricio Wajngarten, do Instituto do Coração (Incor) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). A recorrência, diz o especialista, é grande. “O médico, no entanto, não deve julgar o paciente, muito menos transformar a recaída em um grande problema.”
Abaixo, listamos 10 atitudes e informações para ajudar a largar esse vício.
1) Preste atenção nas estatísticas:
Ainda não se convenceu de que largar o cigarro só vai melhorar sua vida? Então, veja os riscos: 10 vezes mais chances de adoecer de câncer de pulmão; 5 vezes mais de sofrer infarto, bronquite crônica e enfisema pulmonar; 2 vezes de sofrer derrame cerebral. O fumo está associado a pelos menos 50 doenças diferentes.
2) Dos resultados imediatos aos de longo prazo:
Após 20 minutos sem fumar sua pressão sanguínea e pulsação voltam ao normal. Depois de 2 horas sem cigarro, já não há mais nicotina no seu sangue. Em oito horas a quantidade de oxigênio no sangue se normaliza. Na terceira semana a respiração fica fácil e a circulação melhora. Dez anos depois, o risco de infartar é igual ao de quem nunca fumou e o risco de câncer de pulmão cai à metade.
3) Faça uma despedida. Acredite, é importante:
Uma espécie de ritual mesmo. Pode ser a sós ou com família e amigos. Marque uma data. Depois desse dia, não tenha cigarros ao alcance e evite recaídas em situações estressantes.
4) Controle a vontade:
A abstinência causa um desejo intenso que dura cerca de 5 minutos, conhecido também como fissura. Desvie a atenção bebendo água, dando uma breve caminhada, mascando chiclete, conversando com um amigo, manuseando objetos… Tente se concentrar em alguma coisa.
5) Mude hábitos:
Fuja, pelo menos por um tempo, de uma rotina que era ligada ao fumo e que substitua o cigarro em situações que era indispensável. Por exemplo, evite o café por cerca de duas semanas. Substitua por chá, especialmente após o almoço. Logo depois das refeições, escove os dentes imediatamente para brecar o desejo pelo sabor do cigarro associado à comida.
6) Relaxe e valorize cada passo:
Faça exercícios de respiração profunda. Escreva num caderno o que vai melhorando: paladar, olfato, diminuição de batimentos cardíacos, capacidade respiratória, entre outros pontos positivos.
7) Dedique-se a uma atividade física:
Cuidando do corpo você vai valorizá-lo e respeitá-lo. E notando os benefícios do exercício a tendência é querer manter a disposição física. Longe do cigarro essa meta se torna ainda mais possível.
8) Peça ajuda:
Quem gosta de você estará torcendo junto. Divida suas conquistas com família e amigos, fale como está se sentindo. Peça que não deixem cigarros próximos. Se sentir que precisa de um apoio especializado, procure uma terapia.
9) Não acredite em cigarro de baixo teor:
A alternativa não é nada boa. Qualquer derivado do tabaco faz mal a saúde. Os principais: cigarros, charutos, cachimbos, cigarros de Bali, cigarros mentolados, narguilé, cigarrilhas.
10) Inclua novos prazeres na rotina
Experimente novos pratos, vá mais ao cinema, entregue-se a uma massagem, leia bons livros, visite locais na sua cidade onde nunca foi, planeje viagens… Descubra prazeres diferentes e os encaixe no cotidiano. Você pode. Até porque o dinheiro antes gasto com cigarro vai sobrar.
