844,8 mil imóveis brasileiros já foram identificados com focos do Aedes

12 de fevereiro - 2016
Por: Equipe Coração & Vida

Os agentes de saúde e militares das Forças Armadas identificaram, até agora, 844,8 mil imóveis brasileiros com focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. Isso significa 3,6% do total de 23,8 milhões de imóveis percorridos.

Mitos e verdades sobre zika e microcefalia

O número de imóveis vistoriados já representa 35,6% dos 67 milhões estimados em todo o Brasil.

Entre os estados, a Paraíba e o Piauí permanecem entre os que registraram maior percentual de imóveis percorridos: 79,1% e 77,8, respectivamente. Na sequência vem Minas Gerais, com 67,7% de cobertura, sendo a maior unidade federativa em números absolutos: 4,8 milhões de estabelecimentos.

O estado de São Paulo computa 4,3 milhões de visitas (26,3%), seguido pelo Rio de Janeiro, com 3,2 milhões (48,6% do total).

Durante as visitas, os agentes procuram por focos, orientam os moradores à prevenção do mosquito e, ainda, aplicam larvicidas, quando necessário.

A dica é sempre adotar hábitos como armazenar lixo em sacos plásticos fechados, manter a caixa d’água vedada e não deixar água acumulada em calhas.

Também é importante encher com areia os pratinhos dos vasos de plantas e tratar a água de piscinas e espelhos d’água com cloro.

Últimos dados

Os últimos dados do Ministério da Saúde, divulgados nesta sexta-feira (12), apontam para 5.079 casos suspeitos de microcefalia, em 22 estados do Brasil.

Destes, 462 já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 41 com relação ao vírus zika. Outros 765 casos notificados já foram descartados.

Também foram notificados 91 óbitos de bebês com microcefalia possivelmente relacionados ao vírus – 24 deles já confirmados. Outros 59 continuam em investigação e oito já foram descartados.

O estado de Pernambuco continua com o maior número de casos confirmados (167), seguido por Bahia (101), Rio Grande do Norte (70), Paraíba (54), Piauí (29) e Alagoas (21).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência internacional de saúde pública por conta do vírus e sua possível associação com a microcefalia e síndromes neurológicas.

O alerta é emitido em casos extremos, como ocorreu com o vírus ebola, e ajuda a mobilizar recursos para o combate à doença.

microcefalia-Copy
Reprodução

Microcefalia

A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal.

Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas, agentes biológicos infecciosos (bactérias, vírus e radiação), síndrome de Rett, envenenamento por mercúrio ou cobre, meningite, desnutrição, HIV materno, doenças metabólicas na mãe, como fenilcetonúria, e uso de medicamentos contra epilepsia, hepatite ou câncer nos primeiros 3 meses de gravidez.

A microcefalia pode ser classificada como primária, quando os ossos do crânio se fecham até os sete meses de gravidez, ocasionando mais complicações durante a vida; ou secundária, quando os ossos se fecham na fase final da gravidez ou após o nascimento do bebê.

As crianças com microcefalia podem apresentar atraso mental, déficit intelectual, paralisia, convulsões, epilepsia, autismo e rigidez dos músculos.

A doença é grave e não tem cura, e a criança pode precisar de cuidados por toda a vida, sendo dependente para comer, se mover e fazer suas necessidades, dependendo da gravidade da microcefalia.

Tratamento

Uma das possibilidades de tratamento é fazer uma cirurgia para separar ligeiramente os ossos do crânio, nos dois primeiros meses de vida, para evitar a compressão do cérebro que impede seu crescimento.

Quando, além da microcefalia, a criança possui hidrocefalia, que é a presença de líquido dentro do cérebro, também existe a possibilidade de colocar um dreno para controlar esse líquido.

Normalmente, a criança precisa de fisioterapia por toda a vida para se desenvolver melhor, além de medicamentos que atuam diminuindo os espasmos musculares e melhorando a tensão dos músculos.

Zika vírus

Quem contrai o vírus pode apresentar febre baixa, hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem secreção e sem coceira, artralgia (dores em articulação) e exantema maculo-papular (erupção cutânea com pontos brancos ou vermelhos), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.

Gestantes

É importante que as gestantes mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico.

O Ministério da Saúde reforça ainda a orientação de não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções.

Compartilhe:

Dúvidas?
Envie sua pergunta para o

RESPONDE

acesse

Notícias Relacionadas: