Como emagrecer com a dieta dos pontos
Levantamento do IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indica que 40% da população brasileira está fora do peso, ou seja, são cerca de 38,6 milhões de pessoas com peso acima do ideal. Destes, 10,5 milhões são obesos.
Infelizmente, não existe milagre nem mágica para emagrecer, e um dos fatores mais importantes nesta tarefa está ligado à motivação, autoestima e, principalmente, a maneira como o indivíduo lida com seus problemas do cotidiano.
Criada pelo endocrinologista Alfredo Halpern, professor-livre docente da Faculdade de Medicina das USP, a dieta dos pontos não restringe absolutamente nenhum alimento, incluindo doces e chocolates.
Halpern morreu nesta quarta-feira (25), aos 74 anos, vítima de um câncer de pâncreas.
A dieta dos pontos atribui uma quantidade de pontos aos alimentos e cada pessoa, depois de uma avaliação, tem um limite de pontos diários que deve cumprir. Então, se uma pessoa come uma barra de chocolate, no decorrer do dia, ela terá que optar por alimentos com pontos menores, como frutas, por exemplo.
Cada ponto equivale a 3,6 calorias. As mulheres devem somar cerca de 300 pontos diários e os homens, 400.
A quantidade e a variedade são as principais características desta dieta. Outro fator que pode ser positivo é que, como a pessoa tem liberdade para comer o que gosta desde que não ultrapasse o limite de pontos, há maiores probabilidades de ela não abandonar a dieta.
Como dizia Halpern, o sistema de pontos é uma filosofia, não uma dieta. “Não adianta nada a pessoa conhecer a tabela de pontos se não houver certa interação com uma nova filosofia que pressupõe conhecimento do processo e determinação.”
Desvantagens
Se por um lado a liberdade de escolha dos alimentos torna a dieta dos pontos tentadora, por outro ela pode tornar-se danosa à saúde.
No começo, a desvantagem está na dificuldade em saber quais alimentos valem mais pontos.
A dieta dos pontos também vai de encontro ao que se entende por dieta balanceada, nos quais os alimentos devem ser distribuídos proporcionalmente entre carboidratos, gorduras e proteínas.
A nutricionista Marília Fernandes, especialista em Nutrição em Saúde Pública pela Escola Paulista de Medicina, faz críticas à dieta. “O foco está apenas no valor calórico dos alimentos e não no valor nutricional.”
Se privarmos nosso organismo de nutrientes essenciais ao seu perfeito funcionamento, podemos acabar desenvolvendo a “fome oculta”, que, a longo ou médio prazos, pode acarretar uma série de doenças, como osteoporose, diabetes, problemas cardiovasculares e hipertensão, por exemplo.”
* Com informações do site “Dieta dos Pontos”