O mito da mulher que não enfarta

31 de outubro - 2014
Por: Equipe Coração & Vida

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Milla Oliveira

Dor no peito, formigamento e até suor em excesso. São estes os sintomas mais conhecidos do infarto. No caso das mulheres, no entanto, eles nem sempre estão presentes e a demora no diagnóstico aumenta o risco de mortes.

O cardiologista Antônio de Pádua Mansur, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (InCor), afirma que a mulher tem mais sintomas atípicos de infarto do que o homem. “Na mulher, a frequência de sintomas atípicos como fraqueza intensa, falta de ar, tontura ou desmaio e dor nas costas é maior do que no homem”, diz o cardiologista.

Como os sintomas não são conhecidos pela maior parte da população, a demora em identifica-los aumenta a letalidade da doença no caso das mulheres, de acordo com o cardiologista. “As dores comumente são interpretadas pelo socorrista como não relacionada ao infarto, o que pode levar a diagnóstico tardio e ao tratamento inadequado”, alerta o médico.

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A Sociedade Brasileira de Cardiologia aponta que mulheres acima dos 60 anos morrem de quatro a seis vezes mais do coração do que de câncer de mama e de colo de útero, apesar destas últimas serem a doença que mais preocupa o sexo feminino. A entidade também informa que, atualmente, no Brasil, 42% das pessoas que infartam e morrem são mulheres.

Roberto Kalil Filho, diretor das áreas de Cardiologia do InCor e do Hospital Sírio-Libanês, alerta para a falta de prevenção da doença nas mulheres. “A mulher tem o mito de que não infarta. Na cabeça do público feminino, ela vai ao ginecologista, no mastologista, mas não vai com frequência a um cardiologista”, afirma. Confira a seguir o que o especialista diz sobre infarto em mulheres:

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