Exames laboratoriais nem sempre são necessários a crianças
Seu filho já fez exame de sangue, de fezes ou de urina alguma vez na vida? Os pediatras acreditam que a criança bem cuidada e que conta com o acompanhamento de um médico de confiança não precisa ir ao laboratório com frequência.
Especial do mês: Como criar um filho com saúde?
Quando dar água para o bebê?
15 causas que podem impedir uma gravidez
Pronto-socorro nem sempre é a melhor opção às crianças
Confira os alimentos não recomendados no 1º ano de vida dos bebês
Artigo – Saúde das crianças: dicas aos pais de 1ª viagem
Crianças sofrem de privação do sono, afirma estudioso
Você sabia… Que crianças com contato musical aprendem a ler e escrever com mais facilidade?
A pediatra Estela Azeka, médica assistente da Unidade Clínica de Cardiologia Pediátrica e Cardiopatias Congênitas do Adulto do InCor, explica que, antes de mais nada, o fundamental é que a criança seja avaliada frequentemente por um profissional especializado em puericultura, área da pediatria responsável por acompanhar integralmente o processo de desenvolvimento da criança e facilitar a detecção precoce de diferentes distúrbios, principalmente os relacionados ao crescimento, à nutrição e ao desenvolvimento neuropsicomotor.
“Esse profissional irá examinar o histórico familiar, vai detectar problemas e também orientar os pais desde o nascimento na parte nutricional, de imunização e prevenção de eventuais doenças e acidentes.”
No entanto, em algumas situações, os testes laboratoriais são fundamentais.
Veja em quais casos o seu filho deve fazer exames, segundo a pediatra do InCor:
Fezes:
Esse exame é especialmente importante na faixa etária em que a criança já começa a pegar coisas, engatinhar, colocar a mão e brinquedos na boca. Nessa fase, ela tem maior risco de adquirir uma verminose. Outro bom momento para fazer o exame é quando o bebê começa a comer comida, principalmente crua. A recomendação é que a criança faça o parasitológico de fezes pelo menos uma vez por ano.
Urina:
O exame de urina é pedido caso haja alguma suspeita clínica do pediatra, como nos casos de infecção urinária. Se o paciente tem alteração urinária, isso servirá como alerta para algum problema. Esse exame também acaba sendo um parâmetro da função metabólica tanto do rim como do coração.
Sangue:
Os pedidos mais comuns são para medir colesterol e triglicérides. Para uma criança saudável, é recomendado fazer esses exames uma vez por ano, até porque é frequente na infância a ingestão de alimentos gordurosos como chocolate, biscoitos e bolos. Além disso, os médicos também pedem hemograma para identificar anemia e exame para controle da glicemia, com o objetivo de avaliar se o paciente é diabético.
Cardiológico:
A partir dos quatro anos, se a criança for realizar uma atividade física, é solicitado um teste de esforço, principalmente se ela tem histórico de problemas congênitos no sistema cardiovascular ou sintomas como dor torácica e palpitação.
Oftalmológico:
Se houver uma queixa específica, como dificuldade para enxergar e dor de cabeça, é interessante levar a criança para uma avaliação oftalmológica. É bom ter atenção também durante o crescimento do bebê, se ele acompanha os objetos com o olhar ou se há suspeita de infecção congênita por toxoplasmose, rubéola ou herpes. Nessa situação, a criança pode apresentar déficit visual.
Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo