A hora de malhar e a hora de parar
Para começar a prática regular de exercícios físicos, definir a frequência do treino com atenção aos tempos de parada é muito importante para evitar a sobrecarga. O corpo precisa se recuperar e só então voltar a receber novos estímulos.
Segundo Newton Nunes, professor de educação física da Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício do Instituto do Coração (InCor), “a falta de paradas pode reduzir a capacidade de recuperação do organismo pelo cansaço acumulado e outros fatores”.
Nunes, também criador do site Área de Treino, conversa sobre a prática de exercícios ideal com pausas.
Coração & Vida – Por que o descanso importa tanto?
Newton Nunes: Porque envolve até mesmo a regulação dos hormônios e suas funções. Um dia ou dois de descanso são muitas vezes mais benéficos do que mais um dia ou dois de treinamento na academia ou corrida, por exemplo.
A secreção de alguns hormônios ocorre, aliás, no período do sono – como o do crescimento (que favorece o crescimento muscular também).
C&V – Se não houver dias de parada no programa, o que pode acontecer?
NN: Sem as paradas o corpo é levado à exaustão, perda de energia e, então, vem a execução ruim dos exercícios – deixando o processo de ganho de músculos e/ou perda de peso mais lentas (ou até nulas) e aumentando a chance de lesões.
Tecnicamente, nesse período de parada o corpo entra no período de anabolismo, o momento da síntese de proteína, o que é positivo.
Para um início de programa de condicionamento físico, realizá-lo três vezes por semana está dentro do esperado. Mais tarde, é possível aumentar para até cinco vezes por semana, mas respeitando os intervalos sugeridos por um profissional.
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Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo