Drogas: consumo x preocupações
O uso de drogas ilícitas é uma preocupação de saúde pública mundial, mas o levantamento dos dados sobre o assunto é algo sensível, já que devido à diversidade de entorpecentes em circulação atualmente, torna-se difícil, inclusive, determinar um número aproximado de óbitos causados direta ou indiretamente pelas substâncias.
A última estimativa divulgada pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC) apontava para cerca de 200 mil mortes por ano.
Em 2017, entretanto, durante discurso na Comissão de Narcóticos da ONU, Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmou que ao menos meio milhão de pessoas morriam anualmente devido ao consumo de drogas.
Bruno Topis, clínico geral do Hospital Villa-Lobos – Rede D’Or São Luiz -, fala que o uso de drogas gera as seguintes condições fatais:
- Overdose: excesso na quantidade consumida;
- Intoxicação aguda: determinada substância que leva ao óbito de forma rápida;
- Brigas ou acidentes: provocadas pelo uso.
Os perigos do álcool
Apesar de lícito, o álcool também pode ser considerado uma substância nociva, visto que a relação da dosagem e da receptividade individual é muito particular. Aliás, segundo Topis, o que mais se observa nos prontos-socorros e consultórios atualmente é o uso abusivo de álcool.
O médico alerta também que a tradicional mistura de bebidas energéticas com álcool gera ainda mais danos a quem usa: “o energético mascara os efeitos do álcool e a pessoa fica mais sujeita à embriaguez e a todos os danos que esta situação acarreta”, diz.
Topis ainda alerta: “segundo estudos, o uso conjunto destas duas substâncias está associado ao aumento de complicações cardiovasculares como infarto. E de forma crônica pode levar também ao envelhecimento precoce e a quadros demenciais”, conclui o clínico geral.
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Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo