Dicas para reconhecer um infarto
Estima-se que as mortes por doenças cardiovasculares atinjam 300 mil pessoas por ano, só no Brasil. Dentre esses males, a doença arterial coronária é a mais comum, sendo o infarto agudo do miocárdio como manifestação mais grave desse problema. Pressão alta, diabetes, colesterol alto, hereditariedade, tabagismo, sedentarismo e estresse são fatores de risco que precisam ser controlados para evitar a doença.
Mais comum entre 40 e 70 anos, pode acontecer também em jovens, principalmente quando há a questão hereditária envolvida. Mulheres não estão livres: estatísticas apontam que o risco cardiovascular no público feminino aumenta na menopausa e se iguala às chances dos homens de sofrer um infarto.
Como identificar
Alguns sintomas são clássicos. Outros, no entanto, são singulares e há quem nem desconfie se tratar de um princípio de infarto. Em geral, a dor é um aperto no peito acompanhado de mal-estar. A intensidade da dor pode levar a pessoa a cair no chão e a desmaiar. Neste caso, ela deve ser levada imediatamente ao hospital.
Veja abaixo sintomas que caracterizam um infarto, mas que não precisam aparecer juntos:
– Dor do lado esquerdo do peito, como aperto ou pontada, irradiando para pescoço, queixo, axila ou braço esquerdo – apesar de raro, a dor pode irradiar também para o braço direito
– Dor nas costas
– Enjoo
– Tontura
– Palidez
– Dificuldade para respirar
– Dor no estômago
– Suor frio
– Tosse seca
No geral, quem convive com fatores de risco ou tem histórico familiar de infartos deve se manter alerta a qualquer sintoma diferente e ser encaminhado imediatamente ao hospital.
A prevenção
Exercícios físicos e reeducação alimentar formam a fórmula mais eficaz de reversão dos marcadores negativos que afetam o coração. Quem acredita que está livre da malhação e de refeições equilibradas graças a remédios está enganado. O medicamento controla o problema, mas sozinho tem sua eficácia reduzida.
É essencial também se manter longe de substâncias viciantes, cujos efeitos para a saúde cardíaca podem ser devastadores, como cigarro, álcool, drogas e açúcar.
Não abra mão das consultas de rotina. Independentemente da especialidade, o médico deve aferir a pressão arterial, a frequência cardíaca e o peso do paciente.
Investigar o histórico familiar e os antecedentes de doenças cardíacas é fundamental, além de exames laboratoriais de acordo com a indicação.
A medida da cintura em relação ao quadril também deve ser rotina. Cintura acima de 80 centímetros indica risco aumentado para o coração.
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