Dia do psicólogo: conheça os tipos mais comuns de psicoterapia
No Dia do Psicólogo, celebrado nesta segunda-feira (27), é importante saber: esse profissional é um grande aliado da saúde mental e emocional, e não deve haver vergonha em procurar psicoterapia para resolver problemas internos, como estresse, luto ou até mesmo dificuldade de relacionamento interpessoal. No entanto, há várias linhas de tratamento e cada uma delas é direcionada a um tipo de perfil.
Muitas pessoas negligenciam a necessidade de procurar um psicólogo, mas, diante de dados que nos últimos 12 meses uma a cada cinco pessoas apresentaram problemas de saúde mental, e que 30% das pessoas já tiveram algum desses problemas ao longo da vida, é mais do que justificável perder o medo de procurar esse profissional.
A psicóloga Maria Alice Fontes, psicóloga e diretora da Clínica Permanente explica que, além dos adultos, as crianças e adolescentes também podem se beneficiar.
“A terapia na infância e adolescência é muito importante, porque auxilia no tratamento de problemas como medos, ansiedade, déficit de atenção, autismo e desregulação de humor. O trabalho do psicólogo é um importante preventivo para o desenvolvimento de transtornos mais graves”.
Além disso, o psicólogo pode auxiliar na orientação de pais para desenvolver relacionamentos mais respeitosos e focados na solução de problemas, em vez de punição.
Veja abaixo os tipos de terapia mais comuns e os direcionamentos de cada um:
1. Psicanálise: Maria Alice explica que é uma terapia criada por Freud, onde geralmente o paciente deita no divã, de costas para o analista, e fala livremente. “O analista busca fazer conexões sobre o que paciente diz, buscando acessar o inconsciente. É boa para tratar problemas profundos e para autoconhecimento”.
2. Terapia Cognitivo Comportamental: de acordo com a psicóloga, essa linha busca tratar problemas objetivos e sintomas de ansiedade, depressão e personalidade, através da compreensão dos pensamentos, sentimentos e comportamentos. “Com a terapia, o paciente passa a entender e tratar as distorções dos seus pensamentos”, diz.
3. Psicodrama: baseado no conceito que todas as pessoas têm papeis na vida, a terapia usa técnicas experienciais, como dramatizações e encenações. “Depois, o terapeuta ajuda o paciente a analisar e enxergar os problemas sob outras perspectivas”, explica Maria Alice.
4. Terapia Junguiana: esse tipo de psicoterapia se baseia no conceito que o inconsciente é coletivo, então se utiliza das análises de sonhos, desenhos e produções do paciente, para encontrar as respostas profundas sobre seus problemas.
Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo