Azeite de oliva faz bem ao coração: aprenda a escolher o melhor
Fonte de gorduras monoinsaturadas que promovem o aumento do HDL (colesterol bom) e a diminuição do LDL (colesterol ruim), o azeite de oliva auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares. Mas afinal, como escolher a melhor opção diante de tantas ofertas na prateleira do supermercado? A nutricionista Paula Hertel, do Hospital Sírio-Libanês, dá dicas simples para facilitar a decisão.
“O azeite é uma grande fonte de polifenóis, fator que contribui para a redução da formação de radicais livres, e assim atua na prevenção de doenças degenerativas”, explica a especialista. “Além disso, é fonte de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K)”.
Paula explica que a vitamina E, por exemplo, é um antioxidante que promove a modulação da saúde cardiovascular, prevenindo a aterosclerose. Quer melhor motivo para consumir esse óleo no dia a dia? Escolher um bom azeite, porém, exige leitura de rótulos e observação da embalagem.
Frasco escuro: “prefira azeites que estejam armazenados em frascos de vidro escuros, pois evitam a oxidação do produto pela menor exposição à luz”, recomenda a nutricionista. Se o azeite for oxidado, perde-se boa parte das suas boas propriedades.
Extravirgem, sempre! Além disso, ela recomenda que se verifique sempre se o azeite é extravirgem, e que seja 100% feito de azeitona. “Muitos azeites no mercado são misturados com outros óleos vegetais, como de soja e girassol – o que torna o produto mais barato. Vale olhar a lista de ingredientes”, alerta.
Melhor é com acidez menor de 0,5%: a acidez do azeite também é algo importante a se levar em conta. “Ela determina a qualidade do azeite. Para ser considerado extra virgem, por exemplo, o azeite pode ter acidez de no máximo 0,8%. Vários fatores influenciam a acidez, como a maturação, a estocagem da azeitona, a ação enzimática e a própria qualidade da azeitona”, detalha Paula. “Portanto, a acidez [alta] é consequência, entre outros fatores, de azeitonas que não estão em perfeitas condições, ou do mau armazenamento do azeite”.
É importante lembrar, porém, que o grau de acidez não tem a ver com o cheiro ou sabor, mas sim da quantidade de ácidos graxos livres que o azeite tem, e também com a variedade e o estado de maturação da azeitona quando ela é colhida. “O recomendado é acidez inferior a 0,5%”, recomenda a nutricionista.
Azeite bom é azeite fresco: O ideal, segundo Paula, é escolher um azeite de fabricação recente. “O prazo de validade é determinado pelo fabricante, porém vale sempre preferir azeites com fabricação mais recente”. Essa recomendação é importante porque, quanto mais fresco, mais preservadas estão as propriedades benéficas do azeite.
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Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo