Bactérias do bem: tudo sobre probióticos e prébióticos
Por Sofia Pilagallo
Dieta com pouca gordura, rica em legumes, vegetais, alimentos integrais e frutas é um dos segredos para o bom funcionamento do organismo e, claro, manter a saúde em dia. E parte destes benefícios pode estar associada ao consumo regular dos chamados pró e prébióticos. Mas, afinal, você sabe o que são e como atuam no organismo? Com a ajuda da nutricionista Adriana Ávila, Coração & Vida explica:
O termo “probiótico” deriva do grego e significa “pró-vida”. Trata-se de micro-organismos encontrados em leites fermentados, iogurtes naturais e outros laticínios, como o kefir; são as chamadas “bactérias do bem”. Depois de consumidas, essas bactérias são dirigidas, principalmente para o trato gastrointestinal, estimulando o funcionamento saudável do conjunto de órgãos responsável pela realização da digestão. Mas não é só isso. De acordo com Adriana Ávila, probióticos tratam diversos outros problemas de saúde. “São também eficientes na inibição e tratamento de fungos e infecções no trato urinário, na melhora da imunidade e na redução de patógenos no corpo”, afirma.
A especialista explica que para cada um desses problemas existem probióticos específicos. Por exemplo: se a intenção é melhorar a imunidade, bactérias como L. casei, L. rhamnosus, L. acidophilus e B. longum, encontradas em iogurtes, atuam como poderoso anti-patógeno, além de auxiliarem, também, na diminuição do chamado colesterol ruim, o LDL.
Mas onde entram, então, os chamados prebióticos? Estas substâncias são carboidratos ou fibras encontrados em certos alimentos, que nutrem e estimulam a vida e a reprodução dos probióticos, causando mudanças positivas na composição ou atividade da microbiota intestinal. “Para regular a flora intestinal, é importante apostar na dupla”, recomenda.
Os chamados prebióticos podem ser encontrados, sobretudo, em alimentos ricos em fruto oligossacarídeos (FOS), um tipo de fibra dietética fermentável encontrada em alimentos como banana e cereais (aveia, cevada e trigo), em pectina ou fibras solúveis disponíveis em entrecascas de frutas cítricas, em lignina, encontrada em linhaça, gergelim e amêndoa, e em e inulina, disponível em alimentos como cebola, aspargos e alcachofra.
Para ampliar as potenciais vantagens dos probióticos e prebióticos é importante, além de consumi-los regularmente, manter hábitos saudáveis, como uma dieta balanceada e a prática de atividades físicas.
Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo