Administre melhor a rotina, seu coração agradece!
Sabe-se que fumantes, obesos, hipertensos, sedentários, estressados, diabéticos e pessoas com histórico de doenças cardíacas na família têm mais chances de sofrer um ataque do coração. Não é possível modificar os genes herdados, mas outros fatores de risco podem ser controlados.
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Obesidade é um dos principais fatores de risco para doenças do coração
Você sabia… Que até 2030, a estimativa é de que 23,6 milhões de pessoas morrerão de doenças cardiovasculares anualmente?
Estressadas frequentemente e sem tempo para cuidar da saúde, as pessoas tendem a ter a pressão arterial elevada, acabam fumando mais, dormindo menos, descuidando da alimentação e deixando as atividades físicas de lado. É um estilo de vida perigoso para o coração, principalmente considerando que, a cada ano, 140 mil pessoas morrem de doenças cardiovasculares no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“O estilo de vida é a maior ameaça à saúde na atualidade. As pessoas não fazem exercício, o estresse é constante no dia a dia e elas não se preocupam com a saúde”, afirma o cardiologista Roberto Kalil Filho, diretor do Instituto do Coração (InCor) de São Paulo.
Kalil diz que as principais medidas para mudar o estilo de vida é começar a fazer exercício, manter uma dieta saudável, largar o cigarro, não usar drogas e não ingerir álcool em excesso. Além disso, quem tem diabetes e hipertensão precisa de acompanhamento médico.
De acordo com Luiz Aparecido Bortolotto, diretor da unidade de hipertensão do InCor, com o estresse constante, a descarga de hormônios que produzem substâncias que afetam o coração e os vasos é intensa. “Isso, a longo prazo, traz consequências graves. Essa manutenção do estresse é o que gera alterações orgânicas que levam a complicações.”
O estresse é algo normal, pois é uma reação do corpo a situações de perigo. Mas o ser humano não está preparado para lidar com o estresse repetidamente. Isso porque uma série de reações é desencadeada em momentos de risco: o cérebro libera adrenalina e um hormônio chamado cortisol para alertar outros órgãos sobre o perigo; o fígado, na presença dessas substâncias, manda mais açúcar para o sangue; a respiração acelera e o coração dispara, aumentando a pressão arterial.
Profissões
Algumas profissões podem contribuir para uma vida mais estressante. Por isso, é importante atentar para o estilo de vida que se leva.
O Instituto SWNS realizou uma pesquisa a pedido da empresa irlandesa SkillSoft e revelou quais são as dez profissões mais estressantes do mundo. Os profissionais de TI estão no topo da lista (confira abaixo).
Se não pode mudar de profissão, a solução é desacelerar. No dia a dia de uma vida conturbada, nunca é simples cuidar da saúde. “Sempre tem aquela história: no fim de semana, muitas pessoas falam que a partir de segunda-feira vão fazer exercício e ter uma dieta, mas essa segunda-feira nunca chega”, explica Roberto Kalil.
Um estudo realizado no Canadá, considerando 52 países do mundo, incluindo o Brasil, mostrou que alguns níveis de lípides, o tabagismo, a hipertensão, a obesidade, o aumento da circunferência abdominal e fatores psicossociais são responsáveis por 90% dos casos de infarto – elementos que podem ser modificados.
Por isso, procure abandonar de vez o cigarro. Se for obeso, vá atrás de um nutricionista e mude a sua alimentação. Não abuse do sal, do açúcar e nem de alimentos processados e gordurosos, como bacon, macarrão instantâneo e embutidos. Comece a fazer exercícios físicos regularmente. E, por último, uma dica fundamental: procure o seu médico uma vez por ano e faça um check-up. Sua saúde agradece!
Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo