Alimentos saudáveis também podem estragar a dieta

15 de agosto - 2017
Por: Equipe Coração & Vida

Atire a primeira pedra quem nunca passou por uma dieta. Seja para melhorar a relação com o espelho ou manter os níveis de gordura no sangue e açúcar adequados, é cada vez mais comum ficar de olho naquilo que se bota no prato. Nessa hora, os meios de comunicação e, principalmente, a internet podem ser aliados ou grandes vilões. É necessário estar sempre atento e buscar informações de fontes confiáveis.

A situação de quem deseja emagrecer é um pouco mais delicada. Um alimento considerado saudável hoje pode ser execrado no próximo mês. “O ideal é não se deixar levar por modismos. Todos os anos elegem um alimento para combater algum mal de maneira milagrosa. Isso não existe”, explica o médico Juliano Pimentel.

Foto: Shutterstock
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Mesmo quem deseja emagrecer pode fazer escolhas que não produzem os efeitos esperados. Segundo o médico, “alguns alimentos ‘falsos’ privam o corpo de nutrientes”.

“Nestes casos, mesmo depois de uma refeição, o corpo ainda necessita de algumas substâncias e o indivíduo acaba comendo mais.”

O primeiro passo é olhar o rótulo, eliminando ou reduzindo ao máximo os industrializados, com aditivos e corantes.

Neste contexto, os piores alimentos para quem deseja emagrecer são o pão branco e o macarrão. Os produtos têm como ingrediente principal a farinha de trigo branca, pobre em nutrientes e de alto valor glicêmico. Ela possui ação semelhante ao açúcar no corpo, pois aumenta a taxa de glicose no sangue, elevando os riscos de diabetes e obesidade.

Os shakes também devem ser examinados com atenção. “De uma forma geral, esses produtos possuem alguns nutrientes positivos para uma alimentação e são baixos em calorias. Mas a maioria tem uma quantidade muito reduzida de fibras e não contem um espectro de vitaminas e minerais realmente completo. Não dá para trocar as refeições por um shake e achar que por causa disso você vai perder peso magicamente”, analisa o especialista.

Na hora de pensar na dieta, até as frutas devem ser introduzidas de maneira racional. Juliano lembra que “a banana, por exemplo, apesar de ser um alimento saudável, não deve ser consumido de maneira exagerada, pois também é rica em carboidratos e frutose”.

A regra também vale para as castanhas. As oleaginosas, como as nozes, a castanha de caju e do Pará e as amêndoas são fontes de gorduras boas. No entanto, recomenda-se uma ingestão diária de uma porção de 20 a 30 gramas por dia.

Para não ter dúvida, a melhor solução ainda é procurar um profissional especializado, que poderá indicar um plano alimentar adequado para a necessidade de cada indivíduo.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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