Alongamento deve ser feito desde cedo
Thiago Fraga
Se para muitos adultos o período de férias é sinônimo de descanso, para as crianças essa época do ano serve exatamente para o contrário: gastar energia. Com mais tempo livre para a diversão e a prática de esportes, a atenção com os pequenos deve ser redobrada, evitando acidentes e promovendo hábitos saudáveis desde cedo.
O alongamento, indicado como um complemento aos exercícios físicos, aparece rodeado de mitos e informações desencontradas. Até hoje não existem estudos ou pesquisas conclusivas. Ainda assim, o médico ortopedista Arnaldo José Hernandez – Chefe do Grupo de Medicina do Esporte do IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) recomenda a prática para melhorar a performance, independente da idade.
“Por definição toda atividade física deve promover o aumento de resistência, flexibilidade, força e velocidade. Nesse contexto, o alongamento é indispensável para melhorar estes aspectos e desta forma, atingir os objetivos”, ensina o médico.
No caso das crianças, a prática tem caráter educativo e pode evitar futuras lesões. “É comum receber no consultório adolescentes de 12, 13 anos, com dores nas costas ou nos joelhos que poderiam ter sido evitadas se o alongamento fosse algo incorporado desde os primeiros anos de vida, evitando que a musculatura fique retraída”.
Além de melhorar a flexibilidade e evitar lesões, a prática, diferente do que alguns pais podem pensar, não promove o crescimento, determinado mais pelas características genéticas de cada indivíduo do que pelo atividade escolhida. Resumindo: não são as modalidades que tornam as crianças mais altas. “Crianças mais ativas podem crescer, mas pelos efeitos do hormônio do crescimento”.
O médico pondera ainda que para ter efetividade a prática precisa ser realizada corretamente. “Sempre vemos jogadores de futebol fazendo o alongamento de qualquer forma antes dos jogos, apenas para constar”. Nesta hora é melhor se dedicar, afinal ninguém quer passar as férias no banco de reserva. .
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