Aposentadoria pode causar depressão e problemas físicos

31 de julho - 2017
Por: Equipe Coração & Vida

Pesquisa do Institute of Economics Affairs (IEA), com sede em Londres, desmistifica a ideia que muitos têm sobre a aposentadoria. O levantamento indicou que parar de trabalhar pode trazer prejuízos para o corpo e para a mente.

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O estudo comparou pessoas da mesma faixa etária que deixaram de trabalhar com aqueles ainda em atividade e concluiu que manter-se profissionalmente ativo não é apenas uma necessidade econômica. O IEA apontou que a aposentadoria pode aumentar em 40% as chances de desenvolver depressão e em 60% a possibilidade do aparecimento de um problema físico.

Foto: Shutterstock
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A falta de planejamento pode ser o principal problema, explica o médico do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP Alexandre Leopold Busse.

“Percebemos que muitas pessoas não se preparam para esse momento da vida. Especialmente os homens [das gerações anteriores] acreditam que esse período será apenas de descanso e mais tarde acabam sofrendo com a diminuição de atividade”, explica.

A queda no padrão de vida é um dos fatores que contribuem para um quadro de depressão. De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Brasil tem 18,5 milhões de aposentados. Desse total, 25% trabalham e apenas 1% tem independência financeira.

Em muitos casos, a depressão na terceira idade passa despercebida. Neste sentido, o papel da família é fundamental, observando como o idoso lida com esse período.

“No caso de um jovem a depressão fica mais latente. Nos idosos ela costuma ser mais sutil e atribuída ao envelhecimento. Nessa situação, o mais comum é a falta de energia, ausência de prazer em tarefas cotidianas e irritabilidade”, detalha o médico.

A piora nas condições físicas também está ligada à aposentadoria. A falta de atividade diária induz a uma situação de ociosidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a prática de 150 minutos de atividade aeróbica moderada ou 75 minutos de atividade aeróbica intensa por semana.

Os exercícios têm papel fundamental na melhora da capacidade cardiorrespiratória e muscular, além da saúde óssea e funcional.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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