As principais tendências orgânicas para 2017

01 de fevereiro - 2017
Por: Equipe Coração & Vida

A Whole Foods é uma das mais celebradas cadeias de supermercados dos Estados Unidos. Fundada em 1980 no estado do Texas, o sucesso foi imediato, já que, desde aquela época, a rede se concentrou em vender produtos sem aditivos químicos e mais alinhados com o cultivo orgânico e sustentável.

A experiência nesse mercado faz com que os especialistas em compras da empresa divulguem, anualmente, uma lista dos produtos que devem se tornar tendência. E a lista de 2017 acaba de sair.
wholeAlguns são produtos diferentes do que nos acostumamos a comprar no dia a dia, mas que tendem a encher os olhos de quem busca a alimentação mais saudável – e de quem está sempre ligado nas “ondas do momento”.

Bebidas especiais, frutas redescobertas, alimentos de cores específicas, produtos com ingredientes multitarefa e de aplicações simples… tem de tudo na lista. Veja o que vamos encontrar mais nas prateleiras a partir deste ano.

1 – Tônicos
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Não tem a ver simplesmente com bebidas energéticas, sucos detox ou águas saborizadas. O que deve entrar em moda em 2017 são os tônicos – um nome meio antigo, mas com uma roupagem toda nova. Essas bebidas trarão ingredientes diferentes como cogumelos, ervas e a kava (retirada de uma planta que cresce nas ilhas do Pacífico). E prometem colocar mais benefícios na ingestão diária de líquidos.

2 – Byproducts
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É algo de conceito tão novo que nem mesmo a tradução está muito definida. Mas podemos chamá-los de “subprodutos”. Não parece uma boa propaganda – mas a ideia é realmente interessante. São produtos feitos com sobras, como soro retirado na preparação de iogurtes que gera alimentos probióticos. Há, por exemplo, maionese vegana feita com líquido do cozimento de legumes para conserva. É louco mesmo. E, segundo consta, mais barato, consciente e bem gostoso.

3 – Tudo com coco
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O óleo de coco se tornou um produto muito comentado, mas não mais apenas é sobre ele (até porque, o uso diário do produto vem sendo muito discutido). É fato que o coco, em si, ganhou muitos adoradores. Para esse ano, deve entrar em alta de novas formas, como adoçantes naturais feitos a partir dele, chás, sorvetes, chips e até manteigas.

4 – Comida japonesa (muito além do sushi)
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A culinária do Japão é um hit no mundo todo há décadas. E a tendência é de crescimento dessa inspiração. Condimentos como miso, mirin, óleo de gergelim e vinagre de ameixa devem se tornar muito mais utilizados – assim como os vegetais, das sementes para degustar até os legumes e algas. A aposta é que até as sobremesas ganhem mais “a cara do Japão”, em receitas com chá verde, matcha e o feijão azuki.

5 – Condimentos mais criativos
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O cardápio comum de ingredientes para acrescentar sabor tende a crescer bastante. Molhos e ervas familiares vão ganhar novos companheiros de gôndola, como pimentas de variedades tipo habanero, ancho, chipotle, guajillo, harissa. O alho também virá em outras versões, como negro.

6 – Massas renovadas
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Hoje, o setor das massas é basicamente influenciado pelas versões italianas. Mas grãos novos estão chegando. Pasta feita de quinoa, lentilha e grão-de-bico são algumas delas (o que também deve ajudar a quem tem alergia a glúten). A Whole Foods também aposta nas massas preparadas com vegetais e os noodles, usados em sopas.

7 – Muito mais roxo
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É uma tendência curiosa de mercado no ramo de alimentos o crescimento da cor roxa. Estão se tornando populares itens como couve-flor roxa, feijão arroxeado, aspargos roxos e até batatas. Isso para não falar sobre a ascensão de frutinhas como açaí e a elderberry (parente do mirtilo). O motivo: a presença fortíssima de nutrientes e antioxidantes nesses alimentos.

8 – Beleza natural
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Vem crescendo muito a onda de viver de um modo mais relaxado – e a beleza natural se torna mais celebrada. Os especialistas vêm isso no setor de cosméticos da Whole Foods, onde ganham espaço, cada vez mais, os produtos com ingredientes multitarefa e de aplicações simples. Marcas que apostam em itens com menos agentes químicos e mais naturais (indo dos cuidados com pele e cabelos até as maquiagens) já estão com muita procura.

9 – Dietas flexíveis
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Em 2017, a aposta é que os consumidores vão abraçar uma versão de alimentação saudável mais personalizada, menos rígida que o vegetarianismo típico ou o corte de elementos como o glúten e coisas assim. A flexibilidade entre estilos atrairá mais adeptos – com os consumidores fazendo escolhas conscientes sobre o que vão comer (mas escolhendo também quando e quanto comer). A onda será, por exemplo, preferir produtos sem farinha branca parte da semana, mas liberar em outra, ou trocar regularmente os laticínios preferidos e as proteínas.

10 – Refeições com consciênciawhole10O movimento é chamado de “mindful meal prep” – ou “refeição de preparação consciente”. São receitas feitas de forma mais racional (que usem menos recursos, custem mais barato e não provoquem desperdício). Essa deve ser uma preocupação tanto do Whole Foods quanto do setor varejista como um todo, tanto na venda de pratos prontos quanto na quantidade de alimentos em cada pacote. Que 2017 venha assim mesmo – e as boas ideias permaneçam por longo tempo.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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