Atividade física ajuda a diminuir cólicas menstruais, diz estudo

31 de agosto - 2019
Por: Equipe Coração & Vida
Há terapias direcionadas para cada tipo de problema - Foto: Shutterstock
Endorfina produzina na atividade física melhora dor de cólicas menstruais – Foto: Shutterstock

Nem todo mundo sabe, mas a cólica menstrual pode atrapalhar atividades simples do cotidiano. Por isso, para contornar a condição, é comum recorrer a analgésicos. Mas há novidade: um estudo recente feito pela Universidade Politécnica de Hong Kong, na China, mostrou que a prática regular de exercícios físicos ajuda a diminuir a chamada dismenorreia, ou dor menstrual mais intensa.

Durante o estudo, participaram 70 mulheres entre 18 e 43 anos que sofriam com as cólicas. Elas foram divididas em dois grupos: um seguiu a vida normalmente, sem atividades físicas, e o outro realizou quatro semanas de treinamento aeróbico, três vezes por semana. Os exercícios eram realizados a partir do último dia do período menstrual, até que o ciclo se reiniciasse — sem atividades nos dias em que havia o típico sangramento menstrual. Depois de sete meses, as mulheres que se exercitaram relataram sentir cerca de 20% menos dor e cólicas, em comparação àquelas que não mudaram sua rotina.

Ginecologista e obstetra do Hospital Albert Einstein, Renato Kalil explica que a dismenorreia é uma dor provocada pela liberação da prostaglandina – hormônio responsável por aumentar a contratilidade das fibras do útero para eliminar o endométrio (tecido que reveste internamente o útero). Para esse tipo de cólica, a endorfina (hormônio produzido durante a prática de atividades físicas, relacionado à sensação de bem-estar) tem se mostrado muito eficaz. “A endorfina age contra a prostaglandina e promove o relaxamento do útero, aliviando as dores”, diz Kalil.

O especialista destaca, ainda, que em casos da  chamada dismenorreia secundária, comum em diagnósticos de doenças como mioma e endometriose, o tratamento deve ser feito com remédios anti-inflamatórios, que combatem a prostaglandina. Por isso, é importante ter o diagnóstico correto. Em casos de dores muito fortes e recorrentes, sempre busque atendimento médico especializado.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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