Batata doce: a queridinha das dietas
Nos últimos anos, a batata doce ganhou o paladar dos brasileiros. Apesar de já ser um alimento popular e conhecido no País, o que elevou sua fama não foi exatamente seu gosto, mas sim suas propriedades.
Por ser digerido e absorvido de forma lenta pelo organismo, ajuda no emagrecimento, garantindo uma maior sensação de saciedade. Para os que se exercitam e fazem musculação, o baixo índice glicêmico da batata garante um fornecimento mais lento de glicose, mantendo o nível energético na hora do exercício.
“A batata doce possui um baixo índice glicêmico, ou seja, tem uma digestão e absorção lenta, que garantem um fornecimento mais devagar de energia, fator que auxilia na prevenção de Diabetes Mellitus tipo 2, no emagrecimento, por aumentar a saciedade e evitar picos glicêmicos”, explica a nutricionista e personal diet Paula Hertel.
Dessa forma, virou personagem principal nas dietas de quem está tentando emagrecer, manter o peso ou é adepto à malhação.
“Como a batata doce tem um baixo índice glicêmico, ela fornece energia de forma gradativa, uma boa estratégia para manter os níveis energéticos durante a atividade física. Se a batata doce for uma opção de substituição aos alimentos de alto índice glicêmico, ela pode contribuir para a redução de peso. Alimentos de alto índice elevam muito a liberação de insulina a qual em excesso favoreceria a formação de gordura”, explica Paula.
Suas propriedades vão muito além, contribuindo para a saúde dos olhos, da pele, do sistema imunológico e até no bom funcionamento do organismo, pois é fonte de magnésio, cálcio, fósforo, potássio, vitamina A, C e fibra alimentar insolúvel.
No entanto, é importante não se limitar a um único vegetal ou fruta, diversificando a dieta, tanto para não enjoar como para ampliar o repertório alimentar e buscar nutrientes de outras fontes.
“Quanto maior a variedade, maior o aporte de nutrientes. Nenhum alimento é igual ao outro, cada um tem sua particularidade. Então vale a pena variar, se possível com orientação, pois o nutricionista pode orientar o melhor horário e quantidade para o consumo e combinações diferentes entre os grupos alimentares”, pontua Paula.
Uma opção também é variar na forma de consumo, podendo a batata doce ser consumida cozida, assada, na forma de batata chips, purê, em tortas, e até na versão doce, como bolinhos, brownies e trufas.
Há alguns legumes que possuem características semelhantes às da batata doce, como a batata baroa, mandioca, inhame, que podem ser usados para variar a dieta.
No entanto, a nutricionista faz um alerta: “Mesmo tendo algumas semelhanças, o índice glicêmico é diferente”.
Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo