Brasil registra 1.571 casos e 290 mortes por gripe H1N1

04 de maio - 2016
Por: Equipe Coração & Vida

O Brasil registrou até o dia 23 de abril 1.571 casos de influenza A (H1N1), com 290 óbitos. A região Sudeste concentra o maior número de casos (1.106), sendo 988 somente no Estado de São Paulo.

Especialista esclarece dúvidas sobre vacina contra gripe H1N1
Vacina contra a gripe H1N1 está em falta em pelo menos oito cidades

Com relação ao número de óbitos, São Paulo registrou 149, seguido por Santa Catarina (20), Rio de Janeiro (18), Rio Grande do Sul (18), Minas Gerais (14), Goiás (11), Bahia (9), Pará (8), Paraná (7), Pernambuco (5), Espírito Santo (5), Rio Grande do Norte (4), Ceará (4), Distrito Federal (4), Mato Grosso do Sul (3), Mato Grosso (3), Paraíba (3), Amapá (2) e Alagoas (2).

Foto: Shutterstock
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Segundo balanço do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (3), 21,3 milhões de pessoas já se vacinaram contra a gripe neste ano. O número representa 43,6% do público-alvo, que inclui crianças, idosos, profissionais da área de saúde e gestantes.

Para a campanha, que vai até 20 de maio, foram adquiridas 54 milhões de doses da vacina que protege contra os três subtipos do vírus recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para 2016 (A/H1N1, A/H3N2 e influenza B).

Para receber a dose, é importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação. As pessoas com doenças crônicas ou com outras condições clínicas especiais também precisam apresentar prescrição médica, especificando o motivo da indicação da vacina.

Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica.

Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

Para esclarecer algumas questões sobre a gripe, o site Coração & Vida conversou com a médica infectologista Tania Strabelli, especialista em doenças infecciosas e parasitárias. Confira:

Quem toma a vacina da gripe está imediatamente imunizado contra a H1N1?

Não, nem contra os outros tipos de gripe. Normalmente, a vacina leva de duas a três semanas para fazer efeito. Quando o paciente já tomou a vacina em outros anos, esse tempo de resposta cai para dez dias. É por isso que muita gente que toma a vacina e fica gripado logo em seguida acha que a vacina não funciona ou que ela é que causou a gripe. Na realidade, a pessoa já estava incubando um quadro de gripe e acaba ficando doente.

Quem tomou a vacina do ano passado ainda está imunizado contra H1N1?

Normalmente não está. O que se sabe é que a imunidade vai caindo ao longo dos meses, mas essa curva não é exatamente conhecida. Quando vai chegando perto da próxima campanha de vacinação, algumas pessoas estão protegidas e outras não.

O Ministério da Saúde afirmou que a taxa de adesão da população de São Paulo à campanha de vacinação contra a gripe em 2015 foi a menor nos últimos três anos e ficou abaixo da média nacional. Isso pode estar relacionado ao aumento dos casos em 2016?

Pode ter sido por isso que o surto começou mais cedo, mas ainda não sabemos exatamente a resposta. O Instituto Adolfo Lutz está sequenciando os vírus e assim saberemos. O ideal é que as pessoas dos grupos de risco estejam vacinadas. Quanto mais as pessoas se vacinarem, menor a incidência da doença.

A vacina da rede privada é mais eficaz do que a da rede pública?

A diferença neste ano é que a pública é trivalente, com três cepas do vírus Influenza. A particular é quadrivalente, com quatro cepas, mas com relação à H1N1 não há diferença, as duas imunizam da mesma forma.

E quem foi contaminado, o que deve fazer para evitar o contágio de outras pessoas?

Além de procurar atendimento médico, as pessoas que estão doentes não devem sair de casa. Quanto mais elas circulam, mais disseminam o vírus, por isso que é importante ficar em casa ingerindo bastante líquido, repousando e se alimentando corretamente enquanto tiveram enfrentando algum quadro de doença respiratória ou com febre. Crianças doentes também não devem ser levadas à escola. Reduzir a circulação de pessoas doentes ajuda diminuir a incidência do vírus.

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