Cadeirantes também precisam se exercitar

22 de agosto - 2016
Por: Equipe Coração & Vida

Às vésperas da Paraolimpíada do Rio, que ocorrerá entre 7 e 18 de setembro, o site Coração & Vida faz um alerta para a importância das atividades físicas, inclusive aos usuários de cadeiras de rodas.

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Pode parecer difícil, principalmente se o deficiente tiver uma lesão mais grave, mas com uma boa orientação profissional é possível sair do sedentarismo e diminuir a incidência de complicações circulatórias e obesidade.

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

No Brasil, 10 mil casos novos de lesão medular aparecem a cada ano, a maior parte causada pela violência no país. O uso de armas de fogo é responsável por 46% desses casos, segundo dados da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, do Hospital das Clínicas de São Paulo (IMREA).

De acordo com o médico fisiatra André Sugawara, do IMREA, a maior parte das pessoas com deficiência está sedentária e apenas 15% são ativas. Das pessoas que começam uma atividade, 75% abandonam no primeiro ano.

Sugawara diz que os principais motivos do abandono são medo de cair; desconhecimento de que deve e precisa fazer atividade física; falta de acessibilidade; e barreiras impostas por outras pessoas, que passam a encarar o cadeirante como doente e não como um cidadão habitual.

“Com certeza, o fator atitudinal é maior que o fator físico. Se o cadeirante vai a um clube e as pessoas que estão lá têm preconceito, ele não vai conseguir desempenhar sua função de uma forma satisfatória e acaba desistindo”, afirma.

O médico recomenda que o paciente impulsione a cadeira de rodas no seu dia a dia, que faça uma natação ou um esporte adaptado às suas condições. “É importante que ele esteja ativo no seu cotidiano”, enfatiza.

O cadeirante pode começar do básico, que é ir “tocando” a cadeira de rodas e mantendo a atividade dos membros superiores, segundo a indicação do médico do IMREA.

“Ele pode, depois, executar uma série de exercícios domiciliares como flexão de braço, abdominais, exercícios de tronco. Recomendamos que substitua o lazer passivo pelo lazer ativo, brincar com filhos e amigos. Frequentar museus e praças é melhor do que só ver televisão.”

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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