Cálculos renais afetam até 15% da população mundial

14 de março - 2016
Por: Equipe Coração & Vida

No mês de conscientização sobre cálculos renais, o site Coração & Vida faz um alerta para o tema e dá dicas de prevenção à doença que pode atingir até 15% da população mundial, sendo, aproximadamente, duas vezes mais comum nos homens do que nas mulheres.

Se você ingere pouca água, toma muito refrigerante e consome sódio e proteína em excesso, cuidado! Você pode ser um forte candidato a ter pedra no rim.

Segundo o urologista Alex Meller, especialista em cálculo renal, as pessoas devem evitar refrigerantes de qualquer tipo, light ou normal, pois possuem muito sódio e fosfato, além de reduzir o consumo de sódio e evitar o excesso de proteínas da carne, seja ela vermelha ou branca, pois o aumento de proteína também leva a formação de cálculo.

Foto: Shutterstock
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“Por último, evitar produtos processados, e dar preferência por comidas naturais como frutas, legumes e verduras.”

O médico explica que essas pedras são, na realidade, calcificações que provêm de cristais que normalmente eliminamos na urina. Eles se agregam e formam um cálculo.

“Quanto mais a gente está desidratado, maior a concentração desses cristais.”

Um dado relevante é que 5% dos cálculos renais podem estar associados a infecções urinárias. “Realmente, existem pacientes que têm infecções urinárias associadas à presença de cálculo. Porém, ele é mais raro”, diz o urologista.

Os sintomas podem surgir de forma repentina, porque o cálculo é assintomático de início. “Ele é assintomático, principalmente quando é pequeno e está dentro do rim. Para o cálculo começar a dar sintomas, ele precisa sair do rim em direção à bexiga e obstruir o fluxo urinário.”

É nesse momento que o paciente pode sentir uma dor muito intensa nas costas, que se irradia para o abdômen. O pico da dor é seguido de certo alívio e essas manifestações podem até vir acompanhadas por náuseas e vômitos. O ideal é correr para o médico caso um episódio assim aconteça.

O diagnóstico pode ser feito pelo quadro clínico do paciente, mas o método principal é a ultrassonografia. Nessa triagem é que os cristais são identificados. Quando o paciente não tem sintomas, a pedra no rim costuma ser descoberta por acaso, fazendo uma ultrassonografia por algum outro motivo.

A boa notícia é que a pedra no rim tem tratamento e ele está relacionado diretamente ao tamanho do cálculo, segundo o urologista.

“Se os cálculos são pequenos, o tratamento muitas vezes é feito pela implosão, uma máquina que quebra o cálculo dentro do rim. Se é intermediário, o tratamento é endoscópio, realizado vias urinárias, pela uretra. Para os cálculos maiores, o tratamento é percutâneo, onde se faz um furo na região lombar, removendo o cálculo renal.”

Para evitar a pedra no rim, o principal é, sem dúvida, se hidratar bem. Outra dica importante é observar a urina: ela tem que ser clara e abundante.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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