Campanha de vacinação contra gripe é prorrogada

26 de maio - 2017
Por: Equipe Coração & Vida

A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza foi prorrogada até o dia 9 de junho, de acordo com o Ministério da Saúde. A meta é vacinar 90% do público-alvo no Brasil.

Balanço do Ministério da Saúde mostra que, até agora, 35,1 milhões de brasileiros procuraram os postos de saúde em todo o país. O número representa 63% do público-alvo, formado por 54,2 milhões de pessoas, consideradas mais vulneráveis para complicações da gripe.

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Você sabia… Que a má conservação das vacinas pode interferir diretamente na eficácia da ação de imunização?

A novidade este ano foi a inclusão dos professores (cerca de 2,3 milhões de profissionais) da rede pública e privada no público-alvo, com direito a receber a imunização gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

Crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas (mulheres que estão no período de até 45 dias após o parto), idosos, profissionais da saúde, povos indígenas, pessoas privadas de liberdade e pessoas portadoras de doenças crônicas e outras doenças que comprometam a imunidade continuaram fazendo parte do público-alvo.

Foto: Shutterstock
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A coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues, fez um alerta à população para a vacinação.

“Muitas vezes, as pessoas só buscam a vacina quando há registro de um número elevado de casos. Por isso, é importante que todos os grupos definidos busquem esta proteção dentro do prazo preconizado pelo Ministério da Saúde. É preciso que todos estejam devidamente protegidos antes do inverno chegar, já que a vacina precisa de 15 dias para garantir o efeito.”

Dia D

O dia D, de mobilização nacional, ocorreu em 13 de maio.

A vacina contra gripe é segura e estudos demonstram que ela pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

A vacina protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Neste ano, houve mudança na cepa do vírus A H1N1 para A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09. Desde 2009, a cepa do vírus A H1N1 utilizada nos países a sul da linha do Equador era A/California/7/2009 (H1N1) pdm09.

Prevenção

A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz).

À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal, além de evitar locais com aglomeração de pessoas.

É importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe, devem procurar, imediatamente, o médico.

Os sintomas são febre, tosse ou dor na garganta, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

Dados

Até 1º de abril, foram registrados 276 casos de influenza em todo o país e 48 mortes em 2017. Do total, 21 foram por H1N1, sendo que seis evoluíram para óbito.

Em todo o ano passado, o Ministério da Saúde registrou 12.174 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total, 10.625 foram por influenza A (H1N1), sendo 1.987 óbitos.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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