Casos de caxumba aumentam em São Paulo

28 de novembro - 2016
Por: Equipe Coração & Vida

O Estado de São Paulo enfrenta um surto de caxumba, com 4.193 registros, segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE).

O número, referente ao período de janeiro a 8 de novembro, é o maior desde 2008, quando foram registrados 3.394 casos. Em 2015, foram 707.

A imunização incompleta de parte da população, que não tomou as duas doses da vacina, e o fato de o vírus estar mais atuante estão entre as razões apresentadas por infectologistas para o aumento dos surtos.

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Transmitida por meio de gotículas de saliva, em espirros, tosse ou talheres contaminados, a doença se caracteriza pelo inchaço no pescoço, em um ou ambos os lados, e pode demorar até 25 dias para começar a se manifestar, o que faz com que muitas pessoas nem saibam que estão com o vírus.

Os sintomas iniciais são febre, dor de cabeça e dor no corpo, que podem ser confundidos com um resfriado.

Ela também pode provocar dor no corpo e na cabeça. Complicações mais graves são raras, mas podem ocorrer, entre elas inflamação nos testículos (orquite), inflamação nos ovários (ooforite) em mulheres acima de 15 anos, inflamação do pâncreas (pancreatite) e inflamação que envolve cérebro e meninges (meningoencefalite).

Se você não tomou a vacina, pode contrair caxumba ao conversar muito próximo da pessoa infectada, beijá-la ou então compartilhar utensílios como talheres, copos e pratos.

O que é?

A caxumba é uma doença causada pelo paramyxovirus da classe rubulavirus, um tipo de vírus que acomete caracteristicamente as glândulas parótidas, que são as maiores das três glândulas salivares.

Transmissão

É importante destacar que a pessoa com caxumba é capaz de transmitir o vírus cerca de uma semana antes de aparecerem os sintomas e até nove dias depois destas manifestações. Assim, sugere-se que o paciente fique longe do trabalho ou da escola, uma vez que existe a possibilidade de contaminar outras pessoas.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico é clínico e com auxílio de exame de sangue. Não há tratamento específico, o que se faz é aliviar os sintomas com anti-inflamatórios. São indicados repouso, o uso de medicamentos analgésicos e observação de possíveis complicações. No caso de inflamação nos testículos, o repouso e o uso de suspensório escrotal são fundamentais para o alívio da dor.

Prevenção

A prevenção é feita com o uso de vacina produzida com o vírus vivo atenuado da doença. Em geral, está associada à época de vacinas contra sarampo e rubéola. As três juntas compõem a vacina tríplice viral.

A primeira dose deve ser administrada aos doze meses e a segunda, entre quatro e seis anos.

​Mulheres que nunca tiveram caxumba, nem tomaram a vacina, devem procurar um posto para serem vacinadas antes de engravidar. Na gestação, a doença pode provocar aborto.

Atenção: Existe a possibilidade de reinfecção quando a vacina perde a eficácia com o decorrer dos anos.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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