Casos de hanseníase no Brasil caem 68% nos últimos 10 anos

30 de janeiro - 2015
Por: Equipe Coração & Vida

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Milla Oliveira

O Brasil teve o que, de fato, comemorar no Dia Mundial da Luta contra a Hanseníase, no último domingo.  As notícias sobre a queda da incidência da doença no Brasil são animadoras e o Ministério da Saúde já registra uma baixa de 68% no número de casos nos últimos dez anos.

Em 2015, profissionais de saúde irão buscar novos casos nas escolas da rede pública de regiões tidas como vulneráveis, medição considerada importante, pois a incidência da hanseníase em crianças indica que há adultos não tratados transmitindo a doença. O intuito também é conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico.

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“O tratamento precoce dos casos é essencial para interromper a cadeia de transmissão da doença”, diz a médica Rosa Castália. Foto: Divulgação/Ministério da Saúde

“Fazemos uma triagem entre crianças de 5 a 14 anos do ensino fundamental e enviamos para o sistema de saúde as que apresentam sintomas. Os pais também são encaminhados para tratamento”, diz a Coordenadora Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde, Rosa Castália. A especialista ressalta que o tratamento precoce dos casos é essencial para interromper a cadeia de transmissão da doença.

A hanseníase é uma doença crônica contagiosa causada por um agente chamado Mycobacterium leaprae. Conhecida no passado como lepra, a hanseníase ataca os nervos e a pele e, se não tratada, pode causar deformidades no corpo da vítima. Entretanto, é possível passar de dois a sete anos sem nenhum sintoma, o que facilita o contágio.

Até agora, os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Norte, Alagoas, Espírito Santo e mais o Distrito Federal já eliminaram a doença, ou seja, atingiram o patamar de menos de um caso para cada dez mil habitantes. “Estamos tratando a busca pela eliminação da hanseníase com sustentabilidade, sabendo que as situações epidemiológicas no Brasil variam de acordo com o lugar. Trazendo à tona casos ocultos, temos certeza de que todas as regiões vão alcançar baixos índices da doença”, diz Castália.

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