Colesterol alto: um perigo silencioso

02 de setembro - 2016
Por: Equipe Coração & Vida

O colesterol é uma preocupação cada vez mais recorrente dos brasileiros. E tem fundamento. Cerca de 40% da população têm colesterol alto, segundo dados do Ministério da Saúde.

O principal meio de controle, quando os exames indicam níveis altos, acima dos indicados, é o uso regular de medicamentos específicos para manter as taxas adequadas de colesterol no sangue. No entanto, há casos em que os remédios disponíveis no mercado não apresentam resultados significativos.

Foto: Shutterstock
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Para esse grupo, há uma boa notícia. Foi anunciado em agosto a chegada no mercado brasileiro do Alirocumab (Praluent), medicamento injetável indicado principalmente àquelas pessoas que têm colesterol alto por fator genético ou ainda para aqueles que o colesterol não diminui o suficiente com os remédios disponíveis no mercado.

“Hoje já existe no mercado medicamentos de alta eficácia que atendem a maioria dos pacientes. Este novo medicamento atende àqueles que não se adaptam aos medicamentos que já existem no mercado ou que precisam de uma redução do índice muito maior do que o alcançado pelos remédios já existentes”, explica Viviane Giraldez, cardiologista do InCor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas da FMUSP).

O medicamento, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), deve estar disponível no Brasil a partir do primeiro trimestre de 2017. A venda será realizada em farmácias, somente com receita médica.

Em níveis adequados, o colesterol é muito importante para o organismo, pois é um tipo de gordura produzido pelo próprio corpo que atua, por exemplo, na produção de hormônios e de vitamina D.

Há dois tipos de colesterol. O LDL, que é popularmente conhecido como o tipo ruim, pois penetra nas artérias provocando seu entupimento e as doenças do coração. Já o HDL é o bom, pois retira o excesso de colesterol das artérias.

“O aumento da taxa de colesterol está relacionado à alimentação, principalmente às muito ricas em gorduras, como pode ter um fator genético, que pode favorecer taxas mais elevadas no organismo”, orienta a especialista.

Há fatores que favorecem que essa taxa fique desregulada e ultrapasse a quantidade considerada ideal, como sedentarismo, sobrepeso ou obesidade, má alimentação e estresse. Os principais males da vida moderna atual.

“O colesterol tem que estar em um patamar saudável. Na maioria das pessoas é muito mais alto do que o necessário”, reforça a cardiologista.

Os efeitos causados pelo colesterol alto são silenciosos e, por isso, muito perigosos, pois o acúmulo de gordura nas artérias pode ocasionar angina (dor no peito), infarto do miocárdio ou ainda Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Além de manter hábitos alimentares saudáveis e praticar atividades físicas, exames periódicos de sangue ajudam a detectar, ainda na fase inicial, possíveis alterações.

“A maioria das pessoas que tem colesterol não vai precisar de remédio, mas, sim, adotar hábitos de vida mais saudáveis, como se manter no peso adequado, ter uma boa alimentação e praticar atividade física com regularidade”, esclarece Viviane.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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