Aprenda a identificar um infarto

22 de março - 2017
Por: Equipe Coração & Vida

Até 2040, as mortes por doenças cardiovasculares crescerão 250%, segundo estudo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Só no Brasil são 300 mil mortes por ano, de acordo com dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

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A doença arterial coronária é a patologia cardiovascular mais frequente, responsável por milhares de mortes em todo o mundo. O infarto agudo do miocárdio é a forma mais grave da doença coronária, ocorrendo pela conjunção de fatores de risco conhecidos como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia ou distúrbio do colesterol, história familiar, tabagismo, sedentarismo e estresse.

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

O infarto  é mais comum na faixa etária de 40 a 70 anos. Entretanto, também pode ocorrer em jovens, principalmente quando há histórico familiar.

Há um mito de que o infarto é um mal masculino, ideia que durante anos direcionou a prevenção e a percepção dos sintomas nos homens. Mas atualmente as estatísticas mundiais apontam que o risco cardiovascular feminino aumenta consideravelmente na menopausa, quando a chance das mesmas terem um infarto se assemelha à dos homens.

Como identificar

Alguns sintomas são clássicos. Outros, no entanto, são singulares e há quem nem desconfie se tratar de um princípio de infarto. Em geral, a dor é um aperto no peito acompanhado de mal-estar. A intensidade da dor pode levar a pessoa a cair no chão e a desmaiar. Neste caso, ela deve ser levada imediatamente ao hospital.

Abaixo, todos os sintomas que caracterizam um ataque cardíaco, mas que não precisam aparecer juntos:

– Dor do lado esquerdo do peito, como aperto ou pontada, irradiando para pescoço, queixo, axila ou braço esquerdo. Apesar de raro, a dor pode irradiar também para o braço direito

– Dor nas costas

– Enjoo

– Tontura

– Palidez

– Dificuldade para respirar

– Dor no estômago

– Suor frio

– Tosse seca

No caso das mulheres, no entanto, eles nem sempre estão presentes e quando estão, pode ser apenas uma sensação de angústia no peito que não causa o mesmo nível de preocupação com o coração, e a demora no diagnóstico aumenta o risco de mortes.

No geral, quem convive com fatores de risco ou tem histórico familiar de infartos deve se manter alerta a qualquer sintoma diferente e ser encaminhado imediatamente ao hospital.

A prevenção

Exercícios físicos e reeducação alimentar formam a fórmula mais eficaz de reversão dos marcadores negativos que afetam o coração. Quem acredita que está livre da malhação e de refeições equilibradas graças a remédios está enganado. O medicamento controla o problema, mas sozinho tem sua eficácia reduzida.

É essencial também se manter longe de substâncias viciantes, cujos efeitos para a saúde cardíaca podem ser devastadores, como cigarro, álcool, drogas e açúcar.

Não abra mão das consultas de rotina. Independentemente da especialidade, o médico deve aferir a pressão arterial, a frequência cardíaca e o peso do paciente.

Investigar o histórico familiar e os antecedentes de doenças cardíacas é fundamental, além de exames laboratoriais de acordo com a indicação.

A medida da cintura em relação ao quadril também deve ser rotina. Cintura acima de 80 centímetros indica risco aumentado para o coração.

Na seção Aplicativos do Coração & Vida você encontra a calculadora que mostra como vai esse indicador da sua saúde. Acesse e comece a se cuidar!

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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