Como retomar a vida após um infarto?

16 de janeiro - 2015
Por: Equipe Coração & Vida

pós infarto

Milla Oliveira

Ninguém espera ser internado em um hospital vítima de um ataque cardíaco, principalmente porque, muitas vezes, a doença aparece de forma silenciosa. Porém, se o infarto acontecer, o paciente precisará tomar certos cuidados ao retomar suas atividades diárias e também promover uma mudança de hábitos.

Dependendo da extensão do ataque no coração, uma parte do órgão pode perder a sua função e contribuir para a diminuição da atividade cardíaca, como explica o cardiologista Carlos Alberto Pastore, diretor do Serviço de Eletrocardiografia do Incor (Instituto do Coração). “Essa redução provoca mais cansaço e a rotina da vítima poderá ficar mais limitada. Nos casos em que todas as áreas do coração são recuperadas, no entanto, a vida pode voltar ao normal gradativamente”.

O cardiologista recomenda que o paciente só volte às atividades regulares como trabalhar, por exemplo, um mês depois do ocorrido e inicie atividades físicas moderadas. “É importante que a pessoa faça exercícios supervisionados, porque isso melhora a função cardíaca, promovendo uma microcirculação no local que sofreu um infarto”.

Além de inserir a atividade física na rotina, a vítima terá que eliminar hábitos nocivos à saúde como fumar, beber e ingerir alimentos gordurosos e com muito sal. O paciente vai ter que ser orientado do ponto de vista nutricional, evitando tudo que aumenta o colesterol e o nível de açúcar. “E se for obeso, tem que perder peso”, adverte o cardiologista do Incor.

Nesse ponto, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular alerta que quem não segue as recomendações médicas pode ter um novo acidente cardíaco em cinco anos. Uma pesquisa do Datafolha em seis capitais brasileiras revelou que as pessoas que sofrem um infarto procuram mudar o estilo de vida no primeiro ano, mas depois tendem a retomar os hábitos ruins.

O estresse e a depressão também fazem parte da lista de fatores de risco. Pastore observa que o indivíduo que infarta normalmente é ansioso ou sofre de depressão e, em alguns casos, há a necessidade de acompanhamento psicológico após o acidente cardíaco.

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