Sob cuidados, criança com diabete leva vida normal
Milla Oliveira
No dia 14 de novembro é comemorado o Dia Mundial da Diabete, doença que atinge mais de 13 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Diabete. Desse total, 1 milhão são crianças e adolescentes, que costumam desenvolver a diabete do tipo 1.
A diabete é uma doença considerada grave, pois provoca o aumento da taxa de glicose no sangue por causa má absorção ou ausência de uma substância produzida pelo pâncreas, a insulina. Se não tratado, o excesso de açúcar provocado pela diabete pode causar cegueira e até amputação de membros.
Uma das principais dúvidas que atingem os pais é como descobrir se a criança ou o adolescente tem a doença. O endocrinologista Durval Damiani, responsável pela unidade de endocrinologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (HC), explica que a criança com diabete, basicamente, começa a apresentar perda de peso, sede intensa e muita vontade de urinar. Ele alerta para a necessidade de identificar esses sintomas o quanto antes para evitar complicações.
O endocrinologista do HC explica que, nas crianças, a diabete aparece por causa de uma reação do sistema imunológico, que pode acabar atingindo as células do pâncreas. “Essa reação pode acontecer por volta do terceiro ou quarto ano de vida e costuma ser precedida de um quadro viral”, diz o médico. “Já na adolescência, pode acontecer de os hormônios da puberdade atuarem contra a insulina”, completa.
Outra dúvida dos pais está relacionada ao tratamento ao tipo de vida que a criança terá após a descoberta da diabete. Segundo o especialista, o tratamento consiste na aplicação de insulina no sangue e uma dieta livre de doces. “Enquanto não houver a cura para a diabete, a chave para contornar a doença será sempre o bom controle da glicemia, a orientação alimentar e realização de atividades físicas”, ressalta Damiani. Com tratamento adequado, explica, as crianças podem levar uma vida normal, inclusive com a prática de esportes.