Crises financeiras estão associadas ao aumento de suicídios

30 de agosto - 2016
Por: Equipe Coração & Vida

Os dois casos de suicídio que chocaram o Brasil nesta segunda-feira (29) e que mencionam a crise financeira como gatilho não devem ser vistos como casos isolados. A literatura científica tem reunido consistentes estudos mostrando que, em momentos de crise econômica, é esperado, sim, um aumento no número de suicídios, além de casos de depressão e distúrbios mentais.

Em 2009, por exemplo, o BMJ (British Medical Journal) publicou estudo mostrando que, após a crise econômica de 2008, houve quase 5.000 suicídios a mais do que o esperado em 27 países da Europa e 18 das Américas. Entre os homens europeus, houve um aumento de 11,7% dos suicídios entre os jovens entre 15 e 24 anos. Nas Américas, o maior aumento (5,2%) ocorreu entre homens com idade entre 45 e 64 anos.

Segundo os pesquisadores, o aumento das mortes ocorreu, sobretudo, em setores e países onde houve muito desemprego. Os pesquisadores veem a relação entre o estresse emocional da recessão e o ato de tirar a própria vida como uma provável relação de causa e efeito. No Brasil, também houve aumento de casos de suicídios após o Plano Collor, que confiscou a poupança.

Segundo os psiquiatras, pessoas que já têm uma predisposição para determinados distúrbios mentais, diante de uma situação de estresse e, sobretudo, da falta de perspectiva de saída, acabam não vendo mais sentido na vida, não enxergam mais aquela luzinha no fim do túnel que tantas vezes nos resgatam do desespero e nos faz seguir em frente.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiacollucci/2016/08/1808366-crises-financeiras-estao-associadas-ao-aumento-de-suicidios.shtml

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