Deficiência de vitamina D aumenta risco de depressão. Mas não é só isso:
Um estudo publicado no Journal of Post-Acute e Long-Term Care Medicine mostrou que a falta de vitamina D pode aumentar em até 75% o risco de depressão em pessoas acima dos 50 anos. A pesquisa, feita na Irlanda, acompanhou por quatro anos 3.965 pessoas nesta faixa etária. Após avaliações em momentos distintos, foi possível perceber que 400 pessoas haviam desenvolvido depressão. Deste grupo, participantes com deficiência de vitamina D mostraram um risco 75% maior de apresentar a doença.
A nutricionista Thais Cardeal explica que a falta deste hormônio lipossolúvel, e essencial para o organismo, “provoca o enfraquecimento dos ossos, favorecendo o desenvolvimento de doenças como a osteoporose, fraqueza muscular, entre outras condições”. Mas não é só isso: já há importantes trabalhos relacionando a deficiência da vitamina D à condições mentais — além de algumas doenças autoimunes, como diabetes e esclerose múltipla.
Cerca de 80% da vitamina D necessária para o corpo é proveniente da exposição ao sol. Os outros 20% ficam por conta da alimentação; presente, sobretudo, em cogumelos comestíveis, e alimentos de origem animal, como atum e salmão. Em adultos, a suplementação só é necessária em casos específicos de pouca exposição solar ou raquitismo e osteoporose –além de indicação para idosos com histórico de quedas e fraturas.
Para crianças, a suplementação de vitamina D é indicada até os dois anos de idade. “Isso porque há pouca exposição ao sol e o leite materno não possui uma quantidade suficiente dessa vitamina – cuja deficiência pode levar ao retardo do crescimento e ao raquitismo”, explica Thais.
Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo