Dia Mundial da Obesidade: 650 milhões de pessoas sofrem com o problema no mundo

04 de março - 2020
Por: Equipe Coração & Vida
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De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde, somente no Brasil são mais de 40 milhões de pessoas vivendo com a doença FOTO: shutterstock


Por Marina Rocha

A partir desse ano, o dia 4 de março é marcado como o Dia Mundial da Obesidade. É uma data importante para lembrar que o excesso de gordura corporal é doença e o problema deve ser tratado.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 650 milhões de pessoas estão obesas. De acordo com estimativa da OMS, até 2025, mais de 2 bilhões de adultos deverão estar com sobrepeso, e mais de 700 milhões obesos. Somente no Brasil, são mais de 40 milhões de pessoas com a doença. De acordo com o Ministério da Saúde, a condição é crescente.

Para a Federação Mundial da Obesidade, trata-se de uma epidemia global que precisa de soluções mais abrangentes — uma vez que a condição diminui a qualidade de vida e favorece o desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão arterial, trombose, câncer, entre outras.

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Endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês, Claudia Cozer Kalil explica que uma pessoa é obesa quando seu índice de massa corporal (IMC) é maior que 24 – para calcular o IMC, é preciso dividir o peso pela altura ao quadrado. Pacientes com excesso de gordura corporal tendem a ter um aumento de substâncias neuro-hormonais que estimulam um processo inflamatório crônico no organismo, além do efeito mecânico da obesidade sobre as articulações.

A especialista destaca, ainda, que prevenir a obesidade é o melhor caminho e a conscientização deve começar cedo. “A população precisa ter acesso a orientações práticas saudáveis para a vida diária, com cobertura para tratamento multidisciplinar, políticas de rótulos mais esclarecedoras e abordagem objetiva dos impactos sociais e orgânicos da obesidade”, analisa. “Maus hábitos alimentares na infância colaboram para o desenvolvimento da obesidade ao longo da vida”, complementa.

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A adoção de hábitos alimentares considerados saudáveis, como a escolha de ingredientes naturais, além da opção por refeições ricas em verduras e legumes, contribuem para um estilo de vida saudável. Evitar alimentos ultraprocessados, controlar o consumo de gorduras, sal e açúcar, faze parte das orientações para manter a boa saúde.

A prática de atividade física também é essencial. “E é muito importante saber balancear a alimentação e exercícios, sem atrapalhar a convivência social e alguns prazeres”,  Claudia Cozer Kalil.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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