Milla Oliveira

Neste mês, o mundo tem acompanhado uma série de ações que fazem parte do chamado Outubro Rosa. O movimento tem o objetivo de popularizar e estimular a participação de pessoas, empresas e entidades quanto à luta contra o câncer de mama. A campanha leva como símbolo o laço rosa, representação mundial do combate à doença.

Confira aqui os mitos e verdades do câncer de mama

Um levantamento do INCA (Instituto Nacional do Câncer) divulgado recentemente indica que 57 mil casos da doença especificamente na mama serão registrados no Brasil até o final deste ano. Em 2013, o número foi semelhante, porém inferior: quase 53 mil casos, de acordo com o instituto.

Apesar de não ser o único método de detecção do câncer de mama, a realização do autoexame pela mulher tem importante papel no combate ao elevado índice de mortes causadas pela doença.

O mastologista Sérgio Masili, do INCA, aponta que, mesmo com os avanços observados no tratamento, é importante diagnosticar o câncer de mama ainda em estágio inicial para maior eficácia das terapias aplicadas.

“Um grande problema no tratamento do câncer de mama é receber o paciente com a doença já avançada. Inúmeros casos já chegam ao hospital quando não há mais chance de cura”, lamenta o especialista, ressaltando a necessidade de uma melhor orientação dos pacientes e dos profissionais de saúde com relação à realização do autoexame.

Apesar do maior número de casos em 2014, Sérgio Masili chama a atenção para os avanços no tratamento da enfermidade. Como o câncer de mama pode apresentar variações em seus tipos, existe a necessidade de direcionar o tratamento para as necessidades de cada paciente, segundo o especialista.

“Conseguimos hoje em dia subclassificar a doença e personalizar o tratamento”. Para Masili, a terapia personalizada parece ser o futuro do combate ao câncer de mama. As ações do Outubro Rosa continuam até o último dia do mês, iluminando símbolos nacionais como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o Obelisco, em São Paulo, entre outros.