Doação de leite materno: um ato que salva vidas

30 de setembro - 2016
Por: Equipe Coração & Vida

No Dia Internacional da Doação do Leite Humano, celebrado em 1º de outubro, o site Coração & Vida faz um alerta sobre a importância da amamentação e seus benefícios.

Hoje, segundo o Ministério da Saúde, somente cerca de 40% dos bebês brasileiros menores de seis meses são alimentados exclusivamente com leite materno.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), todas as crianças deveriam ser alimentadas exclusivamente com leite materno nos seis primeiros meses de vida e, como complemento, até pelo menos dois anos completos.

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Isso porque este é o alimento mais indicado e que garante, além da nutrição, importantes anticorpos – que diminuem as chances de doenças no presente e futuro -, correto desenvolvimento dos músculos da face e fortalecimento do vínculo mãe e filho.

O alimento protege o bebê de infecções, diarreias e alergias, e há evidências que reduz a chance de mortalidade infantil e evita a obesidade, diabetes e hipertensão ao longo da vida.

Um estudo publicado em março de 2016 na revista inglesa especializada em temas médicos The Lancet aponta um aumento significativo nos últimos 40 anos no aleitamento materno brasileiro no que se refere ao tempo e à exclusividade.

Na década de 1980, por exemplo, a amamentação exclusiva era disponibilizada para apenas 2% das crianças brasileiras até seis meses de idade. Em 2008, o índice já alcançava 41%.

Sobre o tempo dedicado, em 2006, a média era de crianças sendo amamentadas até 14 meses de vida. Na década de 70, isso acontecia apenas por dois meses e meio.

Apesar dos avanços, há ainda muito a ser feito para que a amamentação seja feita por mais tempo e realizada por mais mulheres. Desde a mudança nas rotinas médicas nas maternidades, quebra de preconceitos, apoio para que as mães possam se dedicar de forma exclusiva aos cuidados com o recém-nascido nos primeiros meses e até mesmo liberdade para que possam oferecer o peito aos filhos em lugares públicos.

Outro impedimento é a crença de que amamentar é algo fisiológico e que não requer uma preparação prévia.

A preocupação com o tema tem levado muitas mulheres a buscarem ajuda de uma especialista em aleitamento materno, profissão recente que tem por objetivo apoiar e ajudar na amamentação.

Ao sentir qualquer dificuldade ou enfrentar problemas decorrentes da amamentação, como seios machucados, as mães devem procurar orientação profissional, seja recorrendo a consultoras de aleitamento ou mesmo profissionais dos bancos de leite, que além do recebimento e fornecimento de leite materno, têm o papel de apoio e orientação para as lactantes.

Doadora

Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano, basta estar saudável e não estar tomando nenhum medicamento que interfira na amamentação.

Antes da coleta de leite materno, a doadora deve fazer uma higiene pessoal com água, cobrindo os cabelos com lenço ou touca, e limpando as mamas com uma toalha limpa.

O leite materno deve ser coletado em local limpo e tranquilo e pode ficar em um frasco de vidro no freezer ou no congelador da geladeira por até 10 dias. Nesse período, deverá ser transportado ao banco de leite humano mais próximo da sua casa.

Se você está amamentado e quer doar, procure o banco de leite humano mais próximo.

Confira aqui a lista completa de todos os bancos de leite.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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