Dia Mundial Da Saúde Mental: é importante dar um tempo no uso de aplicativos e redes sociais

10 de outubro - 2019
Por: Equipe Coração & Vida

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Hoje é dia 10 de outubro e considerado o Dia Mundial da Saúde Mental. Quanto tempo você passa na internet? E quantas horas do seu dia são gastas em redes sociais?

De acordo com dados da Royal Society for Public Health, organização inglesa sem fins lucrativos, passar horas on-line e em redes sociais é um hábito que está relacionado com aumento da ansiedade e depressão. Pesquisadores ouviram 1.500 jovens britânicos com idades entre 14 anos e 24 anos. De forma geral, a maioria dos entrevistados acredita que o uso de Facebook, Instagram e de outras redes não traz bem-estar– ainda que, claro, também gere algum impacto positivo na vida social e profissional. Ao mesmo tempo, as taxas de ansiedade e depressão nessa parcela da população aumentaram 70% nos últimos 25 anos.

Os resultados mostram que 90% das pessoas entre 14 e 24 anos usam redes sociais – mais do que qualquer outro grupo etário. Tal comportamento os torna vulneráveis. No mesmo trabalho, a rede social de fotos, o Instagram, foi avaliada como a mais prejudicial à mente dos jovens.

Para a professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a psicóloga Maria Helena Franco ter saúde mental inclui limitar o tempo gasto online, principalmente em redes sociais. “As pessoas precisam ampliar a vida fora das redes sociais, viver a vida verdadeira, com propósitos”, diz. “É preciso que conheçam seus desejos e limites, sem comparações”, complementa a especialista.
Indo ao encontro ao resultado da pesquisa, a especialista acredita que o Instagram possa, sim, ser especialmente mais “perigoso”. A rede permite que as pessoas se mostrem da melhor maneira que querem ser vistas – o que, se sabe, nem sempre representa a realidade. As relações se baseiam em ilusões que ampliam o desejo de sucesso, beleza e riqueza.  Maria Helena destaca que o risco à saúde mental está em acreditar que essa é a vida que deve ser vivida, com pouca reflexão e interiorização.

“É como se, assim, eu me distanciasse de quem sou, desvalorizo minha vida, meus processos de enfrentar e desejar o que de fato é real”, explica a psicóloga.

 

Por isso, é válido destacar que nenhuma experiência virtual substitui os prazeres sentidos a partir de experiências que envolvem o contato humano.

Revisão técnica 
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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