Ética médica sem complicação

04 de fevereiro - 2015
Por: Equipe Coração & Vida

conselho

Thassio Borges

Debater um assunto complexo e torná-lo palpável ao público leigo. Este é um dos principais objetivos do blog Bioamigo, desenvolvido pelo Coordenador do Espaço Proética do InCor (Instituto do Coração), Max Grinberg, que discorre a respeito da ética médica.

No espaço, o cardiologista publica artigos, ensaios e promove enquetes para avaliar a percepção dos leitores, sejam eles médicos ou não, sobre temas considerados polêmicos na área de Saúde.

“Escrevo tentando não utilizar uma linguagem tão científica. O público do blog é formado por profissionais de saúde, mas tento desenvolver uma redação que possa ser entendida de uma maneira geral”, avalia Grinberg, em entrevista ao Coração & Vida.

Mas como escrever sobre ideias aparentemente tão abstratas? Para o especialista, é necessário entender algo fundamental desse campo: cada profissão tem sua ética. “Há um comportamento profissional que é correto para cada área. Tento expressar isso publicando e discutindo os artigos do código de ética médica”, explica.

A última enquete publicada pelo cardiologista levanta a discussão sobre o episódio de um paciente que, em sua primeira consulta, queixa-se de dor no peito e conta ao médico que é usuário de cocaína. Na sequência, no entanto, ele avisa que não autoriza o registro dessa informação em seu prontuário. Nesse caso, respeitar ou não a decisão do paciente?

Quando indecisões desse tipo surgem no cotidiano de um hospital, o Comitê de Ética da instituição acaba sendo o fórum mais adequado para deliberar sobre o assunto. De acordo com Grinberg, essas comissões funcionam dentro de hospitais e clínicas médicas, com membros eleitos e também com um presidente.

“Qualquer aspecto ético, representação que alguém queira fazer, pode recorrer diretamente ao Conselho Regional de Medicina ou no conselho de ética do hospital. A vantagem dessa comissão é que ela conhece a estrutura do hospital. Esses conselhos analisam, mas também têm função instrutiva, fiscalizadora, de apoio à diretoria. Se há alguma reclamação, ela é analisada e há um parecer para determinar se o caso deve ser encaminhado ou não ao CRM”, finaliza o especialista.

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