Exames laboratoriais nem sempre são necessários a crianças

18 de dezembro - 2015
Por: Equipe Coração & Vida

Seu filho já fez exame de sangue, de fezes ou de urina alguma vez na vida? Os pediatras acreditam que a criança bem cuidada e que conta com o acompanhamento de um médico de confiança não precisa ir ao laboratório com frequência.

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A pediatra Estela Azeka, médica assistente da Unidade Clínica de Cardiologia Pediátrica e Cardiopatias Congênitas do Adulto do InCor,  explica que, antes de mais nada, o fundamental é que a criança seja avaliada frequentemente por um profissional especializado em puericultura, área da pediatria responsável por acompanhar  integralmente o processo de desenvolvimento da criança e facilitar a detecção precoce de diferentes distúrbios, principalmente os relacionados ao crescimento, à nutrição e ao desenvolvimento neuropsicomotor.

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

“Esse profissional irá examinar o histórico familiar, vai detectar problemas e também orientar os pais desde o nascimento na parte nutricional, de imunização e prevenção de eventuais doenças e acidentes.”

No entanto, em algumas situações, os testes laboratoriais são fundamentais.

Veja em quais casos o seu filho deve fazer exames, segundo a pediatra do InCor:

Fezes:

Esse exame é especialmente importante na faixa etária em que a criança já começa a pegar coisas, engatinhar, colocar a mão e brinquedos na boca. Nessa fase, ela tem maior risco de adquirir uma verminose. Outro bom momento para fazer o exame é quando o bebê começa a comer comida, principalmente crua. A recomendação é que a criança faça o parasitológico de fezes pelo menos uma vez por ano.

Urina:

O exame de urina é pedido caso haja alguma suspeita clínica do pediatra, como nos casos de infecção urinária. Se o paciente tem alteração urinária, isso servirá como alerta para algum problema. Esse exame também acaba sendo um parâmetro da função metabólica tanto do rim como do coração.

Sangue:

Os pedidos mais comuns são para medir colesterol e triglicérides. Para uma criança saudável, é recomendado fazer esses exames uma vez por ano, até porque é frequente na infância a ingestão de alimentos gordurosos como chocolate, biscoitos e bolos. Além disso, os médicos também pedem hemograma para identificar anemia e exame para controle da glicemia, com o objetivo de avaliar se o paciente é diabético.

Cardiológico:

A partir dos quatro anos, se a criança for realizar uma atividade física, é solicitado um teste de esforço, principalmente se ela tem histórico de problemas congênitos no sistema cardiovascular ou sintomas como dor torácica e palpitação.

Oftalmológico:

Se houver uma queixa específica, como dificuldade para enxergar e dor de cabeça, é interessante levar a criança para uma avaliação oftalmológica.  É bom ter atenção também durante o crescimento do bebê, se ele acompanha os objetos com o olhar ou se há suspeita de infecção congênita por toxoplasmose, rubéola ou herpes. Nessa situação,  a criança pode apresentar déficit visual.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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