Exercícios físicos para uma vida sexual saudável
A prática de atividade física traz inúmeros benefícios para a saúde. Realizada de maneira regular, pode prevenir doenças, como obesidade e diabetes, diminuir a perda de massa óssea e melhorar a saúde mental. Além das vantagens já conhecidas, diferentes estudos sugerem que movimentar o corpo constantemente contribui para a melhora da vida sexual.
O aperfeiçoamento das aptidões sexuais de quem se exercita está diretamente ligado à melhora da resistência física, do tônus muscular e da composição corporal, conforme artigo de Carol Krucoff e Mitchell, publicado no livro Americam Fitness (2000).
Outro estudo sugere que o aumento do fluxo sanguíneo, motivado por exercícios, melhora a irrigação em todo o corpo, inclusive na região genital, contribuindo para o funcionamento dessa área.
Os exercícios podem influenciar até mesmo o desejo sexual. As pesquisadoras Michele Stanten e Selene Yeager relataram que, após 20 minutos de exercícios intensos, mulheres ficam mais sensíveis sexualmente. No caso dos homens, há aumento dos níveis de testosterona, que acabam por estimular o desejo sexual.
Helena B. Viana , educadora física, professora no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) e doutora em sexualidade na velhice, concorda que a atividade física contribui para a melhora da vida sexual.
“O indivíduo desenvolve sua saúde cardiovascular, sua força muscular e, inclusive, a satisfação com o próprio corpo, melhorando sua condição física para a atividade sexual e sua disposição psicológica para esse momento, onde ela se sente melhor consigo mesmo”, observa.
Por outro lado, os sedentários não devem se preocupar. O desejo sexual é influenciado por inúmeros fatores e não existe comprovação de que a falta de atividade diminui o interesse por sexo.
Para aqueles que desejam manter uma vida sexual plena, a especialista sugere a adoção de exercícios que promovam a flexibilidade.
“Isso vai de acordo com a idade. Todo exercício é benéfico, em especial os que melhorem o tônus muscular da região genital, por beneficiar não somente a vida sexual, mas também problemas de incontinência [urinária].”
Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo