Folia sem descuidar da prevenção

16 de fevereiro - 2017
Por: Equipe Coração & Vida

Por David Uip

Faltam poucos dias para a maior festa popular brasileira. O Carnaval é época de diversão, gente animada e muita folia nos blocos, nas passarelas e nos salões país afora. Coisa bonita de se ver. Mas, assim como em qualquer época do ano, é preciso ter cuidado com a saúde. Como diz o ditado, prevenir é o melhor remédio.

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Não abusar no consumo de bebidas alcoólicas é a regra número um. Isso porque o álcool em excesso, além de intoxicar o organismo e provocar sintomas desagradáveis, como enjoos e náuseas, pode liberar impulsos, como o sexo sem proteção, com sérios riscos de infecção por HIV e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), além de gravidez indesejada.

David Uip, médico infectologista, é secretário de Estado da Saúde de SP - Foto: Divulgação
David Uip, médico infectologista, é secretário de Estado da Saúde de SP – Foto: Divulgação

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o número máximo de doses diárias de bebida alcoólica é de duas para homens e uma para as mulheres. E, vamos combinar, beber até cair é completamente desnecessário.

Usar camisinha nas relações sexuais parece uma recomendação óbvia, mas nunca é demais reforçar. Temos observado nos últimos anos o surgimento de uma epidemia dentro da epidemia de Aids, em pessoas jovens e, principalmente, entre homens jovens que fazem sexo com outros homens.

Não existe cura, tampouco vacina, para a Aids. E, diferentemente do que alguns pensam, ela não é uma doença banal. Pelo contrário. O tratamento com medicamentos antirretrovirais pesados, embora tenha se modernizado ao longo das últimas décadas, ainda causa muitos efeitos colaterais. Obviamente, viver sem Aids é muito melhor.

Aos que vão viajar para áreas de risco indicadas pelo Ministério da Saúde, seja no Brasil ou no exterior, é preciso estar com a carteira de vacinação em dia, sobretudo em relação à vacina contra a febre amarela. Ela é indicada para crianças a partir dos nove meses de idade. Os adultos e crianças com mais de cinco anos devem tomar um reforço, dez anos após a primeira dose.

Ao longo do período do Carnaval, é importante descansar o corpo, dormindo oito horas por dia. E muito cuidado com a alimentação. Prefira as mais leves, como saladas, frutas e fibras, evitando frituras e comidas com as quais você não está acostumado, para não correr o risco de uma intoxicação. Contra o sol forte, protetor e boné sempre à mão.

No Carnaval, todos querem se divertir. Com saúde e responsabilidade, é ainda melhor.

* David Uip, médico infectologista, é secretário de Estado da Saúde de São Paulo

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