HIIT ajuda a queimar gordura, mas é preciso cuidado para evitar lesões
Quem está antenado nas novidades de atividade física com certeza já ouviu falar do HIIT (High Intensity Interval Training, ou treino intervalado de alta intensidade). Queridinho do momento, ele não é considerado uma modalidade esportiva, pois não carrega elementos que caracterizam um esporte, mas sim um programa de exercícios pré-determinados com alta intensidade e de curta duração, excelente para quem tem pouco tempo para malhar.
“Essa atividade dura por volta de 30 minutos e, por conta dessa peculiaridade, tem chamado muita atenção, principalmente para quem tem pouco tempo, porque se adequa ao estilo de vida atual das grandes metrópoles”, explica o educador físico Eric Haddad.
O maior tempo de trânsito, o menor tempo com a família e outros fatores acabam afastando as pessoas da atividade física, e o HIIT pode entrar para fornecer resultados semelhantes aos de quem passa bastante tempo na academia.
De acordo com Haddad, esse tipo de treino trabalha – na maior parte do tempo – em um nível de estresse bem alto para os músculos, ossos, articulações e coração, pois busca manter a frequência cardíaca alta na maior parte do tempo, de forma repetitiva. “O HIIT é uma atividade que pode ajudar muito no gasto energético e suprir a necessidade de nos movimentarmos em uma quantidade mais adequada”, diz.
O HIIT, quando bem indicado, queima mais calorias do que exercícios tradicionais e, consequentemente, colabora para a perda de peso.
Tenha cuidado ao praticar
A progressão da atividade precisa respeitar a individualidade e a ausência de dores e lesões. “É fundamental, porém, que o aspirante à prática faça uma avaliação antes de começar. Essa avaliação não deve ser restrita apenas ao coração, mas também, avaliar a condição dos músculos e articulações, para que não ocorra uma sobrecarga excessiva em determinadas partes do corpo. A falta de flexibilidade e força no quadril, por exemplo, pode predispor o joelho a lesão e dores crônicas”, alerta o educador físico.
Quem pratica uma atividade física que tem como característica principal a alta intensidade e a curta duração, terá mais chances de lesão durante os exercícios se comparado a quem treina com exercícios tradicionais de força e, posteriormente, faz uma atividade aeróbica.
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Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo