Suzane G. Frutuoso

Doenças crônicas também afetam o coração. Elas derivam dos problemas anteriores – sedentarismo, obesidade, má alimentação. Mas também podem surgir por questões hereditárias e pelo estresse (o mal do mundo moderno).

Confira abaixo a primeira matéria do Especial Fatores de Risco
Maus hábitos aumentam incidência de doenças cardiovasculares

De acordo com dados da pesquisa Vigitel, 24,1% dos brasileiros sofrem de hipertensão. Entre as mulheres está a maior incidência, com 26,3% contra 21,5% dos homens. No entanto, não se deve comemorar. Em pessoas acima de 65 anos, há o alarmante registro de 60,4% de prevalência. E o aumento da pressão se dá de forma silenciosa, significa que o indivíduo já pode conviver com a hipertensão e seus riscos, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), sem desconfiar.

A hipertensão é caracterizada pelo aumento da pressão nas artérias, que surge em um momento de esforço do coração e de elevação na contração das paredes dos vasos sanguíneos. Estimativas mostram que, se não controlada, a hipertensão diminui em até 16 anos a expectativa de vida. O excesso de sal na comida é um dos vilões que a desencadeiam, assim como situações de estresse.

Também o diabetes está fortemente relacionado à alimentação. Neste caso, ao açúcar em quantidades maiores do que as permitidas e presente não só nos doces, mas nos carboidratos refinados (massas e pães, por exemplo). É uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas cuja função é quebrar moléculas de glicose e transformá-las em energia para as células. A ausência de insulina interfere na queima de açúcar e gera gordura.

Ainda segundo o levantamento Vigitel, 6,8% dos brasileiros foram diagnosticados com diabetes. O índice é maior entre as mulheres, com 7,2%. Já entre os homens, o percentual é de 6,5%.

 – O que fazer?

Um controle sério da alimentação. Quando hipertensão e diabetes já se instalaram, não é possível acreditar no ditado “um docinho só todo dia não faz mal” ou “sal é o que dá sabor à comida”. Invista em temperos naturais variados para o preparo dos pratos. No caso dos diabéticos, há alimentos com quantidades reduzidas de açúcar. O uso do adoçante também não deve ser descartado.