Maneiras de evitar a gastrite

04 de junho - 2014
Por: Equipe Coração & Vida

Suzane G. Frutuoso

Começa como uma leve queimação no estômago. Até que a sensação de azia se transforma numa sequência de dor que impede a pessoa até de se manter em pé. A crise de gastrite causa enorme incapacidade física. E, se não tratada, pode virar um problema maior, como a úlcera. Em casos extremos, há o risco de morte.

A universitária Estefany Barreto, 21 anos, teve a primeira crise aos 16 anos, desencadeada por estresse e má alimentação. “Depois de uma semana de provas na escola, senti dores muito fortes de madrugada. Fui para o hospital imediatamente”, diz. A endoscopia, exame que analisa a mucosa do estômago, do esôfago e de parte do intestino delgado, indicou uma gastrite leve.

Hoje, a jovem controla a alimentação comendo a cada três horas e evita ingredientes picantes, além de frutas cítricas, como abacaxi. Fast food, só raramente.

Cuidados alimentares também fazem parte da rotina do gerente de projeto Rodrigo Bamondes, 35 anos, que enfrentou a primeira gastrite aos 25 anos. “Má alimentação, remédios para tratar asma e passar nervoso no ambiente de trabalho foram as causas, segundo o diagnóstico”, diz ele, que evita, principalmente, o café.

São dois os tipos de gastrite. A aguda é, em geral, desencadeada pelo estresse. O corpo aumenta a produção de adrenalina e, consequentemente, a de ácido clorídrico no organismo, substância que agride o estômago. Já a gastrite crônica surge com o uso de álcool, de medicamentos anti-inflamatórios ou presença da bactéria Helicobacter pylori (que se instala em ambientes ácidos, como a mucosa do estômago). É transmitida pela saliva e por alimentos crus.

O cirurgião Eduardo Pirolla, do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, especialista na área de gastrenterologia, afirma que, nas duas últimas décadas, houve um aumento de 35% no número de casos de inflamação na área digestiva. “O estresse é uma das principais causas. Ele eleva a produção de hormônios relacionados à tensão e acaba por agir negativamente sobre a imunidade em geral.”

Ele ressalta que, além do estresse, os hábitos alimentares pioraram muito. “Há alimentos que destroem a barreira mucosa do estômago e causam mais gastrite. Outros fatores como fumo, álcool, poluição e baixa higiene, entre outros, agravam o quadro”, acrescenta.

Mas existem alguns passos que ajudam a prevenir ou, ao menos, a manter a gastrite sob controle. Confira as dicas:

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