É um embate que, por muitos anos, demonizou a manteiga e endeusou a margarina como alimento saudável para passar no pão ou no biscoito. Em geral, isso acontecia por causa das calorias e das gorduras saturadas – e a pobre manteiga ficou esquecida porque, supostamente, faria engordar e provocaria doenças cardíacas. Hoje, sabe-se que a avaliação não é bem essa: o consumo de gorduras trans (presentes em diversas marcas de margarina, mas não na manteiga) é nocivo também.

Para reduzir a quantidade de gorduras trans, o processo de fabricação das margarinas mudou de hidrogenação para interesterificação. Ainda assim, se você encontrar na lista de ingredientes a indicação de “gordura hidrogenada” ou “gordura parcialmente hidrogenada”, “óleo vegetal hidrogenado” ou “óleo parcialmente hidrogenado”, certamente há gordura trans em sua composição.

Ainda sobre os rótulos, os fabricantes têm respaldo na legislação para afirmar que o produto é isento de gorduras trans em quantidades inferiores a 0,2 g por porção. Isto é: se o indivíduo ingerir mais do que uma porção, recomendada pelo fabricante, certamente estará consumindo gorduras trans!