Marca-passo pode reduzir depressão, aponta estudo brasileiro
O choro não cessava, o sono não vinha e os medicamentos não faziam mais efeito. A professora Elizabete Ferreira Lima, 50, então decidiu ir atrás de um anúncio que vira em uma rede social e se voluntariou para um estudo inédito que testaria o uso de marca-passos contra a depressão em 2015.
Parte do aparelho foi implantada por meio de uma cirurgia pouco invasiva na região acima da sobrancelha – “é discreto, mas, como sou magrinha, aparece se a pessoa olhar muito”, conta.
Aos poucos, com a estimulação que modifica os neurotransmissores, a melhora começou a aparecer. “O choro, que antes acontecia a qualquer hora e em qualquer lugar, parou. E hoje brinco que sou a bela adormecida”, diz.
Os resultados do estudo, que envolveu ao todo 20 pacientes, acabam de ser compilados e só confirmam a melhora sentida por Elizabete.
Em uma das escalas, que vai de 0 a 33 e na qual um índice acima de 20 indica depressão, a mudança foi, em média, de 24 pontos para 12.