Sabe aquela sensação de corpo pesado, inchado? Normalmente, o que ocasiona essa impressão é a retenção de líquidos, que pode ocorrer com qualquer pessoa, mas sendo mais frequente nas mulheres, principalmente gestantes e idosas.

O fato é relativamente comum, podendo ser melhor observado ao final do dia com as marcas das meias, sapatos ou mesmo da costura das roupas nas pernas e pés, por exemplo.

Às vezes, a retenção chega a ser sentida até mesmo na balança, acusando alguns quilos a mais.

O mal-estar pode ser evitado com uma alimentação equilibrada, uma dieta com pouco sal, exercícios, bebendo bastante água e até mesmo com massagem.

Na maioria dos casos, a retenção de líquidos não apresenta risco maiores, mas pode também ser parte de sintomas de algumas doenças.

“Várias doenças podem levar a esse quadro, como doenças cardiológicas, assim como na gravidez ou em pessoas que ficam muito tempo sentadas ou em pé”, explica Tatiana Gabbi, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O inchaço ocorre por conta de um desequilíbrio no organismo, que leva a um acúmulo de água entre as células do corpo, que depois é eliminada pela urina.

A especialista destaca ainda que massagens podem ser um bom recurso para ajudar quem tem retenção de líquidos, sem uma doença definida como causa, contribuindo com a mobilização do sistema linfático e eliminação do inchaço.

“A drenagem linfática ajuda bastante nesses casos e pode ser feita, inclusive, durante a gravidez, quando a mulher tende a ter mais esse problema”, pontua a dermatologista.

A drenagem linfática é um tipo de massagem que, por meio do toque do profissional, estimula o funcionamento da rede de vasos que transportam os fluídos pelo corpo – o sistema linfático.

Além de auxiliar o corpo na eliminação do excesso de líquidos que causa o inchaço, a massagem ajuda na circulação do corpo de forma geral, relaxa e auxilia ainda a melhorar o aspecto da celulite e a combater a gordura localizada.

“No entanto, a massagem é contraindicada nos casos de suspeita de câncer, pois a drenagem poderia espalhar essas células tumorais pelo corpo”, explica Gabbi.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo