Molecada em férias e adeus rotina

27 de dezembro - 2016
Por: Equipe Coração & Vida

Com a chegada das férias e do verão, adeus rotina com as crianças. E ainda bem! Mas seja quanto à alimentação ou no tempo em que passam ao ar livre, é importante pensar em novas rotinas que previnam problemas.

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Ninguém quer, durante esse tão esperado tempo de relaxamento, ter que lidar com medo de doenças da estação quente e chuvosa ou mesmo com a delicada pele infantil vermelha por descuido.

Foto: Shutterstock
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Para ajudar com dicas importantes, a coordenadora médica da UTI pediátrica do Hospital Sírio-Libanês, Lucilia Santana Faria, falou ao site Coração & Vida.

O sol
“O ideal para uma vida saudável é tomar sol, mas evitar entre 10h e 16h”, já lembra a médica. Mas é bom saber alguns detalhes que, às vezes, escapam à atenção das famílias em férias. As crianças menores de seis meses devem ser mantidas sempre na sombra e com proteção de roupas e chapéus. As crianças com mais de seis meses devem utilizar filtro solar com fator de proteção solar 30 ou maior (e até 1 ano de idade, é preciso verificar se o produto não contém PABA, ácido paraminobenzóico, um componente bastante alergênico). O certo é aplicar o protetor ainda em casa, 20 a 30 minutos antes da exposição solar, e reaplicar a cada 2 horas. Vestir camisetas na criança pode proteger, mas depende do tipo de tecido: as de algodão, embora sejam as mais frescas, trazem menor proteção; as de poliéster dão maior proteção, mas esquentam; e existem ainda aquelas com proteção solar, bem eficazes para crianças maiores.

Picadas de insetos
São muito comuns no verão. Mas qual a maneira mais segura de proteger as crianças contra a ação de insetos – dada a preocupação, principalmente, com o aumento de casos, nessa época, de doenças como a dengue? Bem, até os 6 meses de vida, vale apenas barreira física: ou seja, tela nas janelas ou mosquiteiro sobre a cama. Dos 6 meses aos 2 anos, produtos à base de IR3535 podem ser utilizados (observe o rótulo dos produtos). “Após os 2 anos, aí sim podem ser usados outros produtos, como os a base de icaridina”, diz Lucilia. Lembrando de reaplicar o repelente a cada 4 horas ou após entrar na água.

Hidratação
O volume de água a beber varia com o tamanho da criança e o calor que está fazendo. “Mas o ideal é que eles façam xixi clarinho e várias vezes, porque daí sabemos que a quantidade de água está sendo suficiente”, diz a pediatra. Os sucos e os picolés podem substituir parte da água, mas cuidado com o sobrepeso – pois muitos deles, especialmente industrializados, podem ser bastante calóricos. O ideal, também, é não esperar que a meninada, sempre entretida em brincadeiras, peça para beber alguma coisa; é preciso oferecer constantemente água, sucos, água de coco. E atenção para as roupas: as peças mais leves evitam contribuir para casos de desidratação.

Alimentação
Com o calor, as comidas tendem a estragar com maior rapidez – por isso é importante pensar sobre o que os pequenos vão comer em casa e fora dela, na praia ou no clube, por exemplo. Sem saber como foram preparados, é bom evitar. Em casa, tudo bem oferecer mais lanchinhos do que a alimentação normal do dia a dia – afinal são férias e sair da rotina pode ser um bom momento de experimentar ingredientes novos. Mas é melhor dar preferência a lanches naturais, que contenham verduras e legumes ou pães com mais fibras – e evitar frituras em excesso. Coloque também as frutas no circuito, bem mais refrescantes. “Férias são momentos para aproveitar sem exageros e com bom senso”, diz a pediatra.

Acidentes
O calor traz aquele convite para passar mais tempo perto da água, da areia da praia ou do parquinho, brincando com amigos e primos na casa dos tios e avós… Longe de se fixar nos problemas, mas crianças sempre pedem atenção dobrada nas férias. Aí vai um “checklist” para evitar que acidentes, grandes e pequenos, estraguem o verão de pais e filhos:

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Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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