Novas técnicas possibilitam melhor recuperação dos pacientes em cirurgias cardíacas

07 de fevereiro - 2017
Por: Equipe Coração & Vida

As doenças cardiovasculares são as que mais matam no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), vitimando cerca de 17,5 milhões de pessoas.

Mesmo diante deste cenário, novas e modernas técnicas de medicina, como as cirurgias minimamente invasivas, têm trazido mais segurança e conforto ao paciente.

No caso das cirurgias cardíacas, o procedimento busca operar os pacientes por meio de incisões no tórax, associado a um sistema de vídeo, em que o cirurgião possa ter acesso ao órgão sem ter que realizar grandes incisões.

“Os procedimentos minimamente invasivos em cirurgia são uma tendência em todas as especialidades e no mundo todo. A ideia é trazer menos invasão ao paciente operado, ou seja, conseguir fazer o procedimento necessário com a menor invasão cirúrgica possível”, explica Fábio Jatene, cirurgião cardiovascular e torácico e vice-presidente do conselho diretor do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo.

No passado, as cirurgias cardíacas exigiam grandes cortes no paciente, muitas vezes as incisões pegavam toda a região do tórax, indo do começo do externo até praticamente o umbigo, sendo mais agressivas ao organismo.

“Com o tempo, essas incisões foram diminuindo e hoje conseguimos operar os pacientes com a mesma eficiência através de cortes pequenos, de poucos centímetros”, pontua o cirurgião.

Os benefícios desse tipo de cirurgia são uma melhor recuperação do paciente no pós-parto, com menos dor, menor risco de infecção e cicatrizes menores, e, em muitos casos, o tempo de internação também diminui. O tempo na mesa de cirurgia também é mais abreviado, em alguns casos.

Esse tipo de cirurgia também possibilidade que alguns procedimentos sejam realizados sem a utilização de circulação extracorpórea, quando as funções do coração e pulmões são feitas artificialmente por máquinas, possibilitando o trabalho do especialista no órgão e, com isso, menos interferências ao órgão e ao paciente.

Praticamente todos os procedimentos cirúrgicos cardíacos podem ser realizados por meio dessa técnica. No entanto, o especialista alerta que não é indicado para todo paciente.

“Nem todas as operações devem ser realizadas de forma minimamente invasivas. As indicações normalmente são para os pacientes de baixo risco. Quem tem doenças graves ou em estágio avançados não costumam ser indicados para esse tipo de procedimento”, pontua Jatene.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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