OMS alerta para redução do consumo de açúcar

10 de março - 2015
Por: Equipe Coração & Vida

açúcar

Milla Oliveira

Segundo novas recomendações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana passada, o consumo de açúcar não pode ser maior que 10% da ingestão diária de energia de uma pessoa.  A entidade recomenda ainda que esse valor deve ser reduzido posteriormente para 5%, com o objetivo de diminuir o risco de obesidade, cárie, diabete e outras doenças.

Na prática, as novas diretrizes da OMS indicam que os adultos limitem seu consumo de açúcar a 50 gramas diárias ou 12 colheres pequenas. Essa quantidade não inclui o açúcar contido em frutas ou presente no leite, já que não há evidências de problemas relacionados a esse consumo.  A entidade alerta para o fato de que alimentos processados podem conter açúcar, mas não costumam ser vistos como doces pela população em geral. É o caso dos refrigerantes e de condimentos como ketchup, por exemplo.

O consumo do refrigerante pode ser uma armadilha para quem quer fugir do excesso de açúcar. Segundo a nutricionista Thais Leão, do InCor, uma lata da bebida já contém 40g de açúcar, quase o total do que um adulto pode consumir em um dia inteiro. “Isso sem contar mel, barra de cereal, açúcar de mesa e outros itens que a gente vai consumindo no resto do dia e nem imagina que possa conter açúcar, como é o caso do ketchup. Se não tiver moderação, é fácil estourar essa meta”, diz.

A especialista ensina como ter uma noção das substâncias que podem estar ocultas nesses produtos. “A lista de ingredientes do rótulo dá uma boa ideia do que tem no produto. O que aparece em primeiro lugar na lista é o que está em maior quantidade”. Normalmente, segundo Thais Leão, os açúcares aparecem descritos como carboidratos, mas não é possível precisar a quantidade, já que outros tipos de carboidratos mais complexos podem estar presentes no alimento.

A OMS sugere algumas medidas para  alcançar a meta proposta, como o reforço da lei sobre a etiquetagem de produtos para incluir detalhes sobre o volume de açúcar, a restrição da publicidade de alimentos processados para crianças e o aumento dos impostos sobre itens com alto nível da substância.

Compartilhe:

Dúvidas?
Envie sua pergunta para o

RESPONDE

acesse

Notícias Relacionadas: