Orgânico: faz bem para a saúde e meio ambiente?

10 de junho - 2019
Por: Equipe Coração & Vida
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Alimentos como morango,se não forem orgânicos, devem ser evitados em por conter ainda mais agrotóxicos que o normal em seu cultivo Foto: Unsplash

Entende-se por orgânico o produto que é obtido em um sistema orgânico de produção agropecuária, ou extraído de forma sustentável e não prejudicial ao ecossistema local.

Diferentemente da produção de alimentos convencionais ou derivados de OGM (Organismos Geneticamente Modificados), também conhecido como alimentos transgênicos, no cultivo dos orgânicos, insumos como adubo químico, agrotóxico ou outras substâncias sintéticas que agridam o meio ambiente não são utilizadas. Ao invés disso, o sistema orgânico busca o equilíbrio do ecossistema para resultar em plantas mais resistentes a pragas e doenças. Espécies consideradas daninhas para muitas lavouras, por exemplo, são usadas na agricultura orgânica por atraírem para si as pragas e enriquecerem o solo, fortalecendo as plantações e evitando doenças.

Outra técnica é a adubação verde, que utiliza plantas leguminosas para nutrir o solo, sem precisar de nenhum aditivo. Assim, ao deixar de utilizar substâncias químicas, o meio ambiente é preservado — evitando a contaminação de alimentos, terra, águas e até mesmo a intoxicação de seres vivos como os mamíferos (incluindo o homem).

E o setor vem crescendo no cenário nacional. Segundo levantamento do Ministério da Agricultura, em 2012 havia no país 5,9 mil produtores registrados, em 2019 o número subiu para 17,7 mil.

A nutricionista Thaís Cardeal Ramos defende que as plantações orgânicas geram alimentos muito mais nutritivos. “O alimento orgânico tem o ciclo natural preservado. O gosto é melhor, ele é mais bonito, e as propriedades nutritivas são potencializadas”, explica.

Thaís afirma que o consumo dos orgânicos é sempre mais indicado, e alguns alimentos específicos devem ser evitados em sua forma não orgânica por conter ainda mais agrotóxicos que o normal em seu cultivo. São eles: morango, pepino, pimentão, tomate, uva, abacaxi e cenoura. É preciso ficar atento.

Uma novidade interessante veio de pesquisadores da Universidade de Newcastle, na Inglaterra. Os especialistas descobriram que, pelo menos em termos de antioxidantes, moléculas famosas por proteger as células, havia quantidade de 19 a 69% maior nas safras produzidas sem pesticidas.

Onde encontrar orgânicos:
Produtores locais, mercados, feiras de bairros e feiras especializadas são os principais locais onde se pude encontrar alimentos orgânicos. De acordo com o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis), o mercado faturou R$ 4 bilhões em 2018, um crescimento de 15% em relação aos R$ 3,5 bilhões em 2017. A venda de cestas de orgânicos também está ganhando força.

Normalmente, são pequenos produtores que oferecem pacotes semanais ou mensais com frutas, verduras e legumes variados. São sempre alimentos que estão na safra. Para ter certeza que um alimento é orgânico, procure o selo ‘IBD Orgânico’ nas embalagens, ou peça ao produtor o seu certificado, todos validados pelo Ministério da Agricultura.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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