A American Cancer Society divulgou nesta semana novas diretrizes recomendando que as mulheres passem a realizar menos exames de mamografia.

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O câncer de mama é hoje o tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil. Entre 2009 e 2014, o número de casos da doença no país aumentou 13,4%, número que representa uma taxa de aumento de mais ou menos 2% ao ano. Ao todo, são 57 mil novos casos de câncer de mama no Brasil a cada ano, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Segundo a organização, as mulheres com um risco menor de desenvolver a doença devem começar a realizar o exame a partir dos 45 anos, uma vez ao ano. Após os 55, a mamografia deve ser realizada a cada dois anos.

Anteriormente, a American Cancer Society recomendava mamografias e exames clínicos da mama a partir dos 40.

No Brasil, há duas diretrizes para a realização dos exames de câncer de mama. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que a mamografia seja feita anualmente dos 40 até os 70 anos. Já o Instituto Nacional do Câncer (Inca) recomenda o exame dos 50 aos 70 anos, com intervalos de até dois anos.

As novas diretrizes foram divulgadas pelo Journal of the American Medical Association e publicadas no “The New York Times”.

As alterações, segundo a reportagem do “NYT”, refletem evidências crescentes de que a mamografia é imperfeita, menos útil para mulheres mais jovens, e tem sérias desvantagens, como resultados falsos-positivos que levam à realização de biopsias, por exemplo.

A organização destaca ainda que, embora não recomende mais o exame antes do 45 anos, as mulheres devem ter a oportunidade de realizar a mamografia, caso queiram.