Outono-inverno e a temporada de doenças respiratórias

19 de maio - 2019
Por: Equipe Coração & Vida
gripevacina
Inflamação nas vias nasais facilita a entrada de vírus e bactérias. Alimentar-se de forma saudável, e aumentar a ingestão de água são algumas das medidas preventivas essenciais

A temporada de frio está só começando e, com ela, a alta considerável nos índices das chamadas doenças respiratórias: entre as principais estão asma, bronquite, rinite e sinusite. Isso porque é nessa época do ano que o clima fica mais seco, devido a baixa umidade relativa do ar, e o aumento da poluição.

De acordo com o pneumologista do Instituto do Coração (InCor – HCFMUSP), ligado à Universidade de São Paulo, Carlos Carvalho, o ar frio por si só já causa irritação das mucosas nas vias nasais, provocando inflamação. Tal condição facilita a entrada de vírus e bactérias, que podem causar infecções do aparelho respiratório — composto por vias nasais, boca, faringe, laringe, tranqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos pulmonares e sacos alveolares.

Com o ar seco, também vem a concentração de poluentes na atmosfera. Quem já tem alguma doença respiratória, tende a sofrer mais. “É o que contribui para que haja propensão de crises de asma, sinusite e bronquite”, enfatiza. “Também é nesta condição que os vírus se proliferam, tornando comum os surtos de influenza, que é o vírus da gripe”, complementa.

Carlos Carvalho adverte, ainda, que o cigarro é outro inimigo das doenças respiratórias — como sabido, fumar diminui as defesas do pulmão. “Está comprovado: entre 15% e 20% dos fumantes vão desenvolver bronquite crônica ou enfisema pulmonar, após os 50 anos”, afirma.

Prevenção:
Evitar ambientes fechados, onde o risco de haver circulação de diferentes vírus é alto e beber muita água, a fim de manter a hidratação do organismo, estão entre as principais medidas preventivas contra doenças respiratórias. Priorizar uma alimentação saudável e praticar exercícios de forma adequada, sem exageros, também são fundamentais. Vale lembrar que em casos graves, como os de asma e bronquite, a consulta a um médico é indispensável.

Revisão técnica
Prof. Dr. Max Grinberg
Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
Autor do blog Bioamigo

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